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Editorial

Caros amigos interessados pelos Pinus,

Estamos lhes trazendo a 22ª Edição da nossa PinusLetter. Mais uma vez, estamos nos esforçando para lhes trazer temas relevantes e assuntos interessantes e atuais para sua leitura. Nessa edição, continuamos a dar ênfase aos produtos oriundos dos Pinus e de outras coníferas, bem como à preservação de nossos recursos naturais e à sustentabilidade das plantações florestais. Também nessa edição, continuamos a dar o merecido destaque a pessoas de nossa comunidade técnica-científica, as quais trazem, com seus trabalhos, esforços e talentos, contribuições muito relevantes na agregação de conhecimentos sobre os Pinus. Esperamos que os temas escolhidos sejam de seu interesse e agrado.

A seção "As Coníferas Ibero-Americanas" traz como destaque algumas das principais características de "Pinus sylvestris", uma espécie nativa da Eurásia; porém, já bastante cultivada para uso comercial no continente norte-americano e também na península ibérica. Observem algumas das principais características morfológicas da árvore, sua abrangência, informações sobre as variedades e alguns dos resultados de pesquisas com a espécie principalmente em países europeus como Portugal e Espanha.

Conforme lhes mencionamos na edição anterior, estamos abordando mais conteúdos sobre o “Papelão Ondulado”, destacando as propriedades de maior relevância desse produto do Pinus. Observem os "principais testes que são realizados para a avaliação da resistência e outras características", tanto da chapa como das embalagens de papelão ondulado. Com essa terceira parte de nossa revisão sobre o papelão ondulado, encerramos esse tema, pelo menos temporariamente. Voltaremos em outras edições com outros produtos papeleiros dos Pinus, como papéis para sacos, embalagens longa-vida, papéis cartões, fraldas descartáveis, etc.

Na seção "Referências Técnicas da Literatura Virtual" continuamos a destacar os "Grandes Autores dos Pinus". Dessa vez, lhes apresentaremos nossa competente amiga Dra. Martha Andreia Brand. Atualmente professora da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), já contribuiu muito e continua contribuindo com a geração de tecnologias e novos conhecimentos sobre os Pinus através de inúmeras publicações, orientações acadêmicas e palestras envolvendo principalmente o aproveitamento de resíduos florestais e a geração de bioenergia.

Nessa edição, retornamos com as "Referências sobre Eventos e Cursos", que trazem boas oportunidades para aprender mais sobre os Pinus, consultando os websites da internet indicados e materiais dos cursos e eventos referenciados. Visitem ainda os "Pinus-Links", que oferecem boas chances para a obtenção de novos conhecimentos sobre os Pinus, consultando os websites sugeridos da internet. Devido à elevada quantidade de informações disponíveis na web, os Pinus-Links dessa edição continuam abordando os websites de algumas empresas e instituições, desta vez ibéricas e americanas, relacionadas ao papelão ondulado e suas embalagens. Com isso, lhes oferecemos mais um pouco de conhecimentos sobre a fabricação e o mercado do papelão ondulado e vocês ainda podem encontrar figuras, artigos e outras informações sobre esse importante produto originado das fibras dos Pinus.

Através do nosso "Mini-artigo técnico" dessa edição, trazemos informações sobre "a fabricação de lápis com madeira de Pinus". Há ainda uma breve história que informa a trajetória deste importante bem de consumo para a escrita, educação, cultura e comunicação humana. O texto também aborda algumas premissas ambientais sobre a produção dos lápis, os quais devem ser produzidos e utilizados de forma consciente, evitando assim o desperdício de recursos naturais.


Aos Patrocinadores e aos Apoiadores, apresentamos o nosso agradecimento pela oportunidade, incentivo e ajuda para que possamos levar ao público alvo, que cada vez é maior, muito conhecimento a respeito dessas árvores fantásticas que são as dos Pinus e também as de outras coníferas comercialmente e ecologicamente importantes para nossa sociedade.

Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização das várias oportunidades que as plantações florestais do gênero Pinus oferecem ao Brasil, América Latina e península Ibérica, levando sempre mais conhecimento também sobre os produtos derivados dos Pinus para a sociedade e sobre a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade.

Agradecemos em especial nossos dois Patrocinadores:

ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)

KSH - CRA Engenharia Ltda (http://www.ksh.ca/en/)

... e a todos os muitos Apoiadores da PinusLetter, que voluntariamente colaboraram para esse informativo chegar a vocês ao longo do ano de 2009:
http://www.celso-foelkel.com.br/pinusletter_apoio.html

Estamos encerrando esse ano de 2009, que foi de muitas dificuldades para a sociedade mundial e também para nosso processo editorial da PinusLetter. Graças ao incentivo e apoio de inúmeros leitores, apoiadores e de nossos patrocinadores, chegamos a essa edição 22. Esperamos que os conteúdos dessas 22 edições lançadas até o momento possam estar contribuindo para que possamos alcançar nosso objetivo de divulgar os Pinus e seus benefícios para a sociedade. Ao mesmo tempo, esperamos plantações e operações industriais mais ecoeficientes e sustentáveis e o maior entendimento da sociedade em relação a essas fantásticas árvores.

Um forte abraço e muito obrigado a todos vocês.

Ester Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html

Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html

Nessa Edição

As Coníferas Ibero-Americanas: Pinus sylvestris

Papelão Ondulado. Parte 3: Propriedades do Papelão de Importância para seu Uso como Embalagens

Referências Técnicas da Literatura Virtual - Grandes Autores sobre os Pinus - Dra. Martha Andreia Brand

Referências sobre Eventos e Cursos

Pinus-Links

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel
Fabricação de Lápis com a Madeira de Pinus

As Coníferas Ibero-Americanas

Pinus sylvestris

O Pinus sylvestris, também conhecido como pinheiro silvestre no idioma português, ou como "Scots pine" na língua inglesa, é uma espécie florestal de ampla abrangência no hemisfério norte, povoando regiões frias e geladas da Eurásia, que vão desde a Escócia até a Sibéria. São árvores que suportam temperaturas muito frias, não sendo exigentes em fertilidade de solo; porém, necessitam de pleno sol para seu melhor desenvolvimento. Em povoamentos mistos com outras espécies de maior porte, esses pinheiros não conseguem suportar por muito tempo esse tipo de desvantagem competitiva (Gymnosperm Database, 2009). Podem ser encontrados em suas regiões de origem desde o nível do mar até em relevo montanhoso com 2.400 m de altitude. Pinus sylvestris possui elevada importância econômica e social em Portugal e Espanha, sendo sua madeira bastante apreciada para a carpintaria e elaboração de móveis. Por essa razão, boa parte de suas florestas nativas já foram desmatadas, restando poucas áreas com pinheiros originais. Esses dois países europeus conhecem bem a importância ecológica de P. sylvestris para a fauna e flora, possuindo medidas de conservação dos seus bosques, além de já terem diversas áreas com florestas plantadas dessa espécie para fins industriais. Em locais onde a comercialização de sua madeira é permitida, tais políticas ambientais estão também mostrando melhores resultados (Gymnosperm Database, 2009).

Como exótico, o pinheiro silvestre se adaptou muito bem às regiões de clima temperado da América do Norte, inclusive ganhando o status de invasora em algumas regiões como em Ontário e Wisconsin, devido principalmente à fácil reprodução e disseminação de suas sementes. Nos Estados Unidos, a espécie é bastante apreciada como árvore natural de Natal, sendo cultivada especialmente para essa finalidade. Na Nova Zelândia também existem cultivos da espécie para comercialização da madeira (Wikipédia, 2009). No Brasil, o pinheiro não é cultivado ainda para fins econômicos, havendo mais procura do mesmo para a elaboração de bonsais.

Apesar de sua ampla abrangência geográfica, a espécie é considerada bastante uniforme, existindo poucas variedades desse pinheiro aceitas pela comunidade científica. Já foram descritas mais de 140 subespécies; todavia, apenas as variedades sylvestris (nativa da Escócia e Espanha), hamata (proveniente da península de Balcan) e mongolica (encontrada na Mongólia, China e Sibéria) foram taxonomicamente reconhecidas. Mesmo assim, possuem poucas diferenças morfológicas entre si (Wikipédia, 2009). Ainda existe a variedade lapponica, aceita por alguns especialistas, que provém de populações localizadas na Noruega, Finlândia, Suécia e partes da Rússia. Há outras populações naturais da espécie que possuem comprovadas diferenças adaptativas e também genética diferenciada. Exemplos dessas são as populações espanholas chamadas de variedades nevadensis ou variedade iberica que aguardam por reconhecimento taxonômico (Gymnosperm Database, 2009).

Em geral, uma árvore de P. sylvestris adulta pode alcançar 40 m de altura e 5 m de circunferência. Quando jovem, a copa apresenta formato cônico, tornando-se irregular à medida que atinge a maturidade. O desenvolvimento da planta em sua região de origem é considerado rápido, podendo crescer seis metros num período de 10 anos (Wikipédia, 2009). As folhas possuem formato de acículas, sendo agrupadas em fascículos duplos e apresentando elevada resistência, pois podem persistir na árvore por até 9 anos. As acículas têm comprimento ente 3 - 7 cm, largura de 1,5 a 2 mm, contendo dorso em formato semi-circular e ponta dentada. Sua coloração verde azulada com tonalidade cinza é bastante específica e tradicional, sendo uma qualidade valorizada para usos natalinos, principalmente no caso da variedade hamata (Gymnosperm Database, 2009). A casca tem cor cinza amarronzada com aspecto folhoso (em camadas) e irregular, pois a base da árvore apresenta casca bastante espessa e o topo, com espessura menor.

Os cones masculinos têm comprimento variando de 8 a 12 mm, considerados pequenos e apresentando coloração que varia do amarelo ao róseo. Os cones femininos geralmente maturam de novembro a dezembro nas suas regiões de origem, são cônicos e têm dimensões médias de 7,5 cm de comprimento. Após 20 meses da polinização ocorre a maturação das pinhas com a liberação das sementes no ar. Essas são aladas e apresentam tamanho bastante diminuto.

A seguir estão disponibilizados alguns artigos técnicos e científicos que informam algumas das principais características morfológicas e taxonômicas da árvore do Pinus sylvestris. Não deixem também de conferir alguns estudos que estão sendo realizados nos países europeus como Portugal e Espanha que tem a espécie como endêmica e de importância silvicultural e econômica.

Pinheiro silvestre (Pinus sylvestris). Caixa Geral de Depósitos. Acesso em 29.11.2009:
O website da Caixa Geral de Depósitos de Portugal possui descrições das principais árvores de importância para o setor florestal do país. Dentre elas se encontra Pinus sylvestris. Há características morfológicas de suas principais partes, sua distribuição geográfica natural e suas principais utilizações. Observem também algumas fotos das estruturas reprodutivas.
http://www.cgd.pt/Institucional/Responsabilidade-Social/
Ambiente/Floresta-Caixa/Especies/Pages/Pinheiro-Silvestre.aspx


Pinus sylvestris. Gymnosperm Database. Acesso em 29.11.2009:
Esse website especializado em gimnospermas disponibiliza características relevantes acerca do Pinus sylvestris, tais como: principais nomes comuns em várias regiões de abrangência, taxonomia, usos, ecologia e curiosidades. Acessem em:
http://www.conifers.org/pi/pin/sylvestris.htm

Pinus sylvestris. Wikipédia. Acesso em 29.11.2009:
O texto em inglês sobre Pinus sylvestris na enciclopédia virtual Wikipédia é bastante completo por possuir informações que vão desde onde é nativo até técnicas de manejo florestal e utilizações. Confiram ainda a contribuição ecológica do pinheiro em locais onde é endêmico e também incentivos à sua conservação nessas regiões. Há à disposição dos leitores uma galeria de fotos com a espécie. Confiram também informações botânicas, morfológicas, taxonômicas e nomes comuns.
http://en.wikipedia.org/wiki/Scots_Pine (Inglês)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus_sylvestris (Português)
http://es.wikipedia.org/wiki/Pinus_sylvestris (Espanhol)

Did you know...? Facts about Scots pine. Treesforlife. Acesso em 06.12.2009:
O website Treesforlife apresenta diversas curiosidades sobre Pinus sylvestris principalmente no Reino Unido. Há informações que vão desde a região de abrangência, ecologia, biologia, reprodução e conservação da espécie. Observem também as belíssimas fotos presentes.
http://www.treesforlife.org.uk/ilovepine/didyouknow_more.html


Alguns artigos técnicos e científicos selecionados sobre Pinus sylvestris:

Differences on growth and wood density traits in Scots pine (Pinus sylvestris L.) genetic entries grown at different spacing and sites. H. Peltola; J. Gort; P. Pulkkinen; A.Z. Gerindiain; J. Karppinen; V-P. Ikonen. Silva Fennica 43(3): 339-354. (2009)
http://www.metla.fi/silvafennica/full/sf43/sf433339.pdf

Caracterização dendrométrica dos povoamentos de pinheiro silvestre em Trás-os-Montes e Alto Douro: curvas de qualidade de estação. L. R. Almeida; C. P. Marques. Cernas. 09 pp. (2005)
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T2-06.pdf

Caracterização dendrométrica dos povoamentos de pinheiro silvestre em Trás-os-Montes e Alto Douro. L. R. Almeida; C. P. Marques. Cernas. 10 pp. (2005)
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T2-05.pdf

Plasticidade fenotípica do crescimento e sobrevivência de proveniências de Pinus pinaster, Pinus halepensis e Pinus sylvestris. M. R. Chambel; J. Climent; R. García-Arranz; R. Alía. Cernas. 14 pp. (2005)
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T3-17.pdf

Estudio de tiempos y rendimientos de cosechadoras forestales en una serie de aprovechamientos de primera clara en masas de Pinus radiata y Pinus sylvestris en el distrito forestal VII de Galícia. Y.A. Torrijos; P.R. Pazos; S.G.A. Ruiz; J.P. Martin. Cernas. 08 pp. (2005)
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T1-06.pdf

Genetic variability of scots pine (Pinus sylvestris) provenances in Spain: growth traits and survival. R. Alía; J. Moro-Serrano; E. Notivol. Silva Fennica 35(1): 27–38. (2001)
http://www.metla.fi/silvafennica/full/sf35/sf351027.pdf

Typology of Pinus sylvestris L. forests in Spain. F. M. García; G. Montero. Invest. Agr.: Sist. Recur. For.: Fuera de Serie (1):42-59. (2000)
http://www.inia.es/gcontrec/pub/marti1_1048587219705.pdf

Pinus sylvestris
- Scotch pine. E.F. Gilman; D.G. Watson. USDA Forest Service Fact Sheet ST-477. 03 pp. (1994)
http://hort.ifas.ufl.edu/trees/PINSYLA.pdf

Atlas do ambiente de Portugal. Carta de distribuição do pinheiro bravo e pinheiro silvestre.
J.G. Pedro. 31 pp. (1992)
http://www.iambiente.pt/website/estatico/pdf/II_10.pdf

Imagens sobre Pinus sylvestris:

Imagens Google:
http://images.google.com/images?hl=en&source=hp&q=%22pinus%20sylvestris
%22%20&um=1&ie=UTF-8&sa=N&tab=wi

http://images.google.com/images?hl=en&um=1&sa=1&q=%22pinus+sylvestris
%22+christmas&aq=f&oq=&aqi=&start=0
(Pinheiro silvestre - Scots pine - árvores de Natal)
http://images.google.pt/images?gbv=2&hl=pt-PT&sa=1&q=pinheiro+silvestre&aq=f&oq=&start=0 (Pinheiro silvestre)


Imagens Flickr:
http://www.flickr.com/search/?w=all&q=scots+pine&m=text
http://www.flickr.com/photos/openeye/123182402/ (Bonsais de Pinus sylvestris)

Papelão Ondulado

Parte 3 - Propriedades do Papelão de Importância para seu Uso como Embalagens

O papelão ondulado, por ser considerado um produto sustentável (natural, renovável e reciclável), está ganhando cada vez mais espaço como embalagens de distintos produtos. Um exemplo disso é a sua enorme utilização para transporte e venda de hortifrutigranjeiros, podendo as embalagens contendo frutas ou verduras inclusive ser exportadas. O corrugado na parte interna da caixa de papelão pode trazer grandes vantagens para a proteção do material interno, pois o ar existente entre as suas camadas diminui a intensidade dos impactos e choques mecânicos e também reduz a amplitude térmica. Isso faz com que produtos perecíveis como frutas consigam chegar ao seu destino com menos danos, caso o uso dessa embalagem seja bem empregado. Caixas feitas desse produto podem inclusive superar outros tipos, mostrando-se mais adequadas para proteger produtos sensíveis e perecíveis, principalmente em relação às caixas de plástico ou de madeira.

Um exemplo disso foi observado por Castro et al. (2001) que compararam cinco tipos de embalagens para a proteção de tomates Santa Clara durante o transporte. Dentre as embalagens testadas encontravam-se dois tipos de papelão ondulado, duas de plástico e uma caixa tipo K de madeira (http://www.cnph.embrapa.br/noticias/clipping/jul_conservadas.pdf). Avaliaram as injúrias mecânicas sofridas pelos frutos comparados aos contidos dentro de caixas testemunhas que não sofreram nenhum tipo de vibração ou choque. A caixa de papelão de menor dimensão foi a embalagem que se mostrou mais apropriada para o transporte dessa mercadoria, pois apresentou maior proteção contra danos e injúrias aos tomates. Esse tipo de confirmação tem sido relatado para inúmeras outras hortaliças e frutas.

As embalagens de papelão ondulado hoje embalam praticamente uma enorme quantidade de diferentes produtos, desde os perecíveis, até máquinas, móveis e utensílios domésticos, bens industriais semi-prontos, objetos pessoais nas mudanças de cidadãos, etc. Para que as embalagens de papelão ondulado sejam utilizadas de forma correta e com cada vez melhor qualidade, atendendo as necessidades de vários mercados consumidores, inúmeras provas são realizadas para comprovar as suas requeridas características (Klabin Divisão Embalagens, s/d). Através delas se desenvolvem especificações para que os produtos de embalagem celulósica de papelão tenham melhores performances e desempenhos.

Da mesma forma que para todas as embalagens (para isso elas são feitas), os papelões ondulados estão sujeitos a inúmeras forças mecânicas externas, assim como à ação de fatores ambientais, os quais podem modificar suas propriedades mecânicas e físicas, prejudicando sua resistência e conseqüentemente podendo diminuir a durabilidade, tanto da embalagem, como do produto interno que deveria ser protegido. É por isso que muitos clientes usuários e produtores de embalagens de papelão se esforçam para um eficiente controle de qualidade através desses testes também chamados de provas físicas e de resistência, as quais podem ser realizadas nos laboratórios dos próprios fabricantes e consumidores e também no laboratório especializado da ABPO - Associação Brasileira do Papelão Ondulado (http://www.abpo.org.br/laboratorio_ensaios.php). A própria associação (ABPO, 2003) possui informativos que indicam os principais cuidados que se deve ter com as chapas ainda não montadas e com as caixas para aumentar a sua vida útil, danificando o mínimo possível o seu conteúdo interno. Dessa forma, o texto dessa seção pretende levar ao conhecimento do leitor acerca das principais provas realizadas para averiguação das características do papelão ondulado, além das medidas a serem tomadas para promover ainda mais as vantagens de sua utilização.


Existem várias normas técnicas brasileiras (ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas e outros testes práticos) seguidas pelas indústrias que definem os testes para aceitação, tanto do papelão ondulado chapa. como das embalagens prontas. De acordo com Ultra Embalagens (2009), exemplos dessas normalizações são as seguintes:

- MB-1312 – Amostragem de produtos de papelão ondulado;
- MB-1317 - Determinação da resistência à compressão de coluna;
- MB-1321 - Determinação da gramatura;
- MB-1320 - Determinação da espessura;
- MB-1309 - Cobb - capacidade de absorção de água;
- MB- 757 - Mullen - determinação da resistência ao estouro.


Já a ABPO (Associação Brasileira do Papelão Ondulado) apresenta um excelente quadro mostrando todas as normas técnicas nacionais vigentes e associadas ao papelão ondulado. São essas normas que são seguidas pelos laboratórios de ensaio e recomendadas pela própria ABPO. Encontre essa excelente coletânea em: http://www.abpo.org.br/laboratorio_normas_tecnicas.php

A ABPO tem dado grande ênfase na necessária avaliação de qualidade e nas especificações do papelão e suas embalagens. Nosso amigo e grande guru do papelão ondulado no Brasil , engenheiro Juarez Pereira, tem escrito com muita propriedade uma série de artigos técnicos sobre esse tema. A maioria deles está publicada na revista O Papel da ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. Alguns desses artigos e outros publicados pela ABPO podem ser encontrados para leitura pelos nossos leitores nos seguintes endereços de URL do website da ABPO:
http://www.abpo.org.br/artigo_tecnico.php (Artigos técnicos)
http://www.abpo.org.br/public_lit_notas.php (Notas técnicas)
http://www.abpo.org.br/public_lit_manual.php (Manual de controle da qualidade)
http://www.abpo.org.br/infor_tec_empilhamento.php (Empilhamento de caixas)


Os principais problemas encontrados pelos consumidores no papelão ondulado são devidos à resistência aos impactos e à compressão, umidade, espessura e gramatura das embalagens. Os testes visam caracterizar o papelão ondulado para que sofram o mínimo possível com os fatores que são comuns no armazenamento e transporte com essas embalagens. Os testes podem ser divididos em duas categorias: a primeira, provas de resistência física das chapas; e a segunda, quando os aspectos da embalagem montada recebem maior atenção.

Segundo Klabin Divisão Embalagens (s/d), ABPO (1999) e Ultra Embalagens (2009), os testes físicos mais empregados para avaliar chapas de papelão ondulado são os seguintes:

Gramatura (Basis weight ou grammage test): definida como o peso da chapa de papelão ondulado expresso em g/m² e calculada de acordo com as gramaturas, tanto do miolo como das capas do corrugado.

Espessura (Caliper test):
objetiva testar se a espessura desejada antes da fabricação da chapa foi realmente conseguida. Isso geralmente é verificado durante a fase de impressão, observando se as chapas não sofrem esmagamentos pela compressão causada pelas impressoras.


Esmagamento (Flat crush test): avalia-se a resistência da parte corrugada (ondas) da chapa à pressão exercida de forma crescente e uniforme em aparelho específico (Pereira, 2005). A pressão deve ser exercida no topo das ondas, evitando-se também movimentos laterais das faces. Os resultados são medidos em kgf/cm².

Adesividade (Pin adhesion test): o adesivo já seco que une os elementos da chapa de papelão é submetido a uma carga máxima de força expressa em kgf/cm² para provocar separação (Pereira, 2005).

Resistência a perfuração (Puncture test)
: uma ponta em forma de pirâmide é puncionada em ângulo reto sobre a chapa de papelão em aparelho específico, sendo a resistência a perfuração calculada.

Estouro (Bursting test): os componentes da chapa são submetidos à pressão uniforme e crescente realizada por um diafragma elástico em um aparelho específico conhecido como "Mullen tester". Essa pressão vai aumentando até o estouro da chapa. Essa resistência pode ser medida em em kgf/cm² ou lbf/pol².


Compressão da coluna (Column compression test):
refere-se à resistência que uma amostra de chapa com dimensões especificadas oferece à compressão em um equipamento que a comprime. O teste é feito com as ondas tanto na posição horizontal como vertical. Geralmente esse teste é realizado para analisar importantes dados referentes à qualidade do papelão como tipo de onda e adesividade do conjunto.

Absorção de água (Cobb test): refere-se à quantidade de água que a chapa de papelão ondulado é capaz de absorver.

Umidade (Moisture test): trata-se de um dos principais fatores que depreciam as características físicas, tanto das chapas como de suas embalagens. É medida através da água retirada da chapa de papelão, quando essa é secada em estufa até peso constante. A chapa é pesada antes e depois da retirada de umidade sendo a umidade expressa em porcentagem em relação ao peso inicial da amostra (Ultra Embalagens, 2009; Savastano 2001).

Os testes físicos mais comuns realizados para avaliar as caixas montadas de papelão são os seguintes (Ultra Embalagens, 2009; ABPO, 1999; Klabin Divisão Embalagens, s/d):

Compressão (Compression test): é um teste realizado com a caixa toda montada, vazia e submetida a uma compressão gradual sobre ela, em distintas posições. Relaciona-se com a resistência que as caixas oferecem ao empilhamento, quer seja na estocagem como no transporte. Em função dos manuseios e variações da umidade, essa resistência se altera de forma significativa. Por essa razão, é muito importante se manter as caixas de papelão em condições de baixa umidade. Quando isso for impossível de ser conseguido, recomenda-se a impermeabilização das capas (internas e/ou externas, dependendo de onde for a fonte de umidade) e até mesmo das ondas.

Resistência a impactos (Impact test): teste realizado quando a caixa se encontra já fechada e com seu conteúdo. A caixa é submetida a um impacto forte quando é arremessada sobre um anteparo. O teste também pode ser realizado em queda livre (drop test) ou com o auxílio de um carrinho que contém para-choque e corre sobre um eixo inclinado. Os resultados são expressos em função dos danos gerados tanto à embalagem como no seu conteúdo interno.

Resistência a vibração (Vibration test):
a caixa de papelão ondulada selada e com conteúdo interno é posta sobre uma mesa vibratória específica que simula os mesmos movimentos realizados durante o transporte. Os resultados são obtidos através da análise dos danos na caixa e no conteúdo interno.

Resistência ao tombamento (Drum test): a caixa selada e com conteúdo interno é colocada em um tambor rotativo onde sofre vários tombamentos consecutivos, sendo posteriormente avaliados os danos internos (conteúdo) e externos (embalagem).


Segundo ABPO (2003) e Klabin Divisão Embalagens (s/d), existem alguns cuidados que devem ser tomados tanto em relação às chapas como às embalagens de papelão ondulado, a fim de aumentar a qualidade, durabilidade e performances dos mesmos. Tais cuidados já se iniciam durante a fabricação do papelão, que deve apresentar tecnologias e equipamentos adequados e mão-de obra qualificada. Isso envolve o manuseio das chapas de forma correta, evitando-se pisar em cima das mesmas ou apoiar outros objetos nas embalagens. Também não se deve expor o papelão (em qualquer forma) à umidade, pois as fibras de celulose possuem alta higroscopicidade. O aumento de umidade conduz a uma diminuição das resistências e da durabilidade do papelão, mesmo que isso se deva à absorção da umidade do ar. Assim, o local de armazenamento deve ser coberto, protegido contra chuva, umidade, calor, vento e poeira. Deve-se também utilizar páletes para transportar as caixas, as quais devem ser empilhadas e posicionadas de forma correta dentro dos caminhões. Tanto os atacadistas como os consumidores também devem estar cientes de como manusear as embalagens de papelão ondulado a fim de otimizar os seus resultados.

Existe já há alguns anos uma forte pressão para que o peso e a quantidade de embalagens sejam diminuídos. Isso é válido, tanto por forças de legislação, como pela própria pressão daqueles que compram as embalagens para conter seus produtos. Por essa razão, as inovações e o aperfeiçoamento tecnológico são vitais. Melhorias têm sido fortemente buscadas na fabricação e na qualidade dos papéis capa e miolo; na reciclagem do papel; nas operações industriais de corrugação, colagem e fabricação das chapas; no desenho das caixas e na solução de seus pontos frágeis, etc. Sem um adequado sistema de controle de qualidade e medições das propriedades dos papéis, chapas e caixas de papelão seria muito difícil acompanhar as contínuas e exigentes demandas dos mercados.


Portanto, os ensaios são muito importantes para nos orientar quanto ao que conseguimos em nossas operações industriais, cumprindo as especificações de qualidade requeridas para nossos produtos. Entretanto, esse é apenas o primeiro passo, já que a caixa de papelão ondulado deve manter suas qualidades não apenas ao sair da fábrica produtora, mas ao longo de toda sua vida em performance. Para isso, é preciso conhecer bem o produto e ter determinação em seguir as orientações conhecidas sobre os produtos de embalagem celulósica. Com isso, são atingidas as expectativas do mercado em termos de desempenho, custos e qualidade ambiental. Sem o comprometimento dos envolvidos, todas as maravilhosas vantagens do papelão ondulado como embalagem podem-se perder. Ou então, podem ser ainda mais otimizadas, se atuarmos de forma pró-ativa e preventiva.

Observem a seguir alguns artigos técnicos e científicos que abordam as principais propriedades dos papelões ondulados e cuidados que devem ser tomados para aumentar ainda mais suas vantagens como embalagem:


Box compression. Wikipédia. Acesso em 09.12.2009:
A enciclopédia Wikipédia indica os procedimentos para a realização de testes de compressão de caixas de papelão, em idioma inglês. Há também indicações de resultados e também uma análise dos fatores que podem influir nos mesmos.
http://en.wikipedia.org/wiki/Box_compression_test

Classificação de caixas de papelão ondulado.
Ultra Embalagens. Acesso em 28.11.2009:
O website da Ultra Embalagens apresenta dentre outros temas a classificação das embalagens de papelão ondulado e seus principais usos.
http://www.ultraembalagens.com.br/index.php?p=ori (Classificação de caixas)

Rigidez do papelão ondulado: comparação entre resultados experimentais e os obtidos por cálculo analítico. P. G. Magalhães; P. R. A. Figueiredo; F. G. Dedini. Engenharia Agrícola 26(1): 190-199. (2006)
http://www.scielo.br/pdf/eagri/v26n1/30110.pdf

Cartons, crates and corrugated board: handbook of paper and wood packaging technology. D. Twede; S. E. M. Selke. DEStech Publications. 517 pp. (2005).
http://books.google.com.br/books?id=kc0MSzFvrH8C&printsec=
frontcover&source=gbs_navlinks_s#v=onepage&q=&f=false

A chapa de papelão ondulado nas onduladeiras. J. Pereira. O Papel (Março): 34. (2005)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2015_
chapa%20papel%E3o%20nas%20onduladeiras.pdf

Ondulado. Conheça a produção e os cuidados com o papelão ondulado. Cartilha ABPO - Associação Brasileira do Papelão Ondulado. 38 pp. (2003)
http://www.abpo.org.br/public_lit_cartilha.php


Influência da embalagem no desenvolvimento de injúrias mecânicas em tomates. L. R. Castro; L. A. B. Cortez; J. T. Jorge. Ciência e Tecnolologia de Alimentos 21(1): 26-33. (2001)
http://www.scielo.br/pdf/cta/v21n1/5359.pdf

Fabricantes e consumidores de papelão ondulado testam embalagens para garantir melhores desempenhos dos produtos. R.M. Savastano. O Papel (Agosto): 74 - 75. (2001)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2019_
melhorando%20a%20qualidade%20do%20papel%E3o.pdf


Tirando a prova: testes de esmagamento, espessura e Concora demonstram as especificações das embalagens. R.M. Savastano. O Papel (Julho): 72 - 73. (2001)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2017
_especifica%E7%F5es%20papel%E3o.pdf


Testes de coluna e dimensão: segredo dos bons resultados de desempenho das caixas de papelão.
R.M. Savastano. O Papel (Maio): 68 - 69. (2001)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2020
_testes%20coluna%20e%20dimens%E3o.pdf


Testes de embalagem: garantia de minimização de perdas
. R.M. Savastano. O Papel (Abril): 82 - 83. (2001)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2021
_testes%20para%20redu%E7%E3o%20perdas.pdf

Requisitos do papelão ondulado. ABTCP. 34º Congresso Anual da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. Apresentação em PowerPoint: 37 slides. (2001)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
Arquivo%2022_papel%E3o%20ondulado%20requisitos.pdf


Desempenho do papelão ondulado em diferentes condições de umidade.
E.F.G. Ardito; J.A.F. Faria; T. Urbanik. O Papel (Julho): 69 - 75. (2000)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2016_
desempenho%20papel%E3o%20em%20diferentes%20umidades.pdf

Critérios de resistência para papelão ondulado sob carregamento de longa duração. M. Carvalho. Informativo CTEA 12(1). 06 pp. (2000)
http://cetea.ital.org.br/cetea/informativo/v12n1/v12n1_artigo1.pdf

Glossário sobre papelão ondulado. GT-1 Normas Técnicas. ABPO - Associação Brasileira do Papelão Ondulado. 57 pp. (1999)
http://www.abpo.org.br/public_lit_glossario.php

Strength criterion for corrugated fiberboard under long-term stress.
T. J. Urbanik Tappi Journal 33 (81). 05 pp. (1998)
http://www.fpl.fs.fed.us/documnts/pdf1998/urban98a.pdf

Machine direction strength theory of corrugated fiberboard. T. J. Urbanik. Journal of Composites Technology & Research: 80-88. (1996)
http://www.fpl.fs.fed.us/documnts/pdf1996/urban96a.pdf

A Klabin S/A e o papelão ondulado. Klabin. Apresentação em PowerPoint: 25 slides. (s/d = sem referência de data)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%
2018_papel%E3o%20por%20klabin.pdf


Cartón ondulado. Descripciones generales y metodos de ensayo. Metrotec Espanha. Apresentação em PowerPoint: 51 slides. (s/d)
http://www.metrotec.es/metrotec/WWW_DOC/
CARTON_ONDULADO_Presentacion-1-CAT-E-R1_2009.pdf


A embalagem de papelão ondulado. Catálogo. Klabin Divisão Embalagens. (sem paginação e sem referência de data)

Referências Técnicas da Literatura Virtual

Grandes Autores sobre os Pinus


Dra.Martha Andreia Brand

A professora e doutora Martha Andreia Brand é uma renomada pesquisadora e educadora na área florestal brasileira. É muito conhecida nos estados de Santa Catarina e Paraná, onde atua com mais intensidade, lecionando e pesquisando, além de exercer atividades de gestão. Sua carreira de pesquisadora tem sido muito produtiva nas áreas de aproveitamento de resíduos florestais e industriais, qualidade de madeira e usos para energia da biomassa florestal. Por suas dezenas de trabalhos publicados, por seu talento, competência e realizações profissionais, a maioria relacionada aos Pinus, que estamos lhes apresentando essa Grande Autora sobre os Pinus.

Dra. Martha nasceu em Irineópolis, SC, em 1974. Formou-se Técnica em Agropecuária em 1990 e em Engenharia Florestal na Universidade Federal do Paraná em 1998, ingressando nessa mesma universidade na pós-graduação em Ciências Florestais no mesmo ano. Concentrou seus estudos na área de tecnologia e utilização de produtos florestais. Obteve no ano 2000 o título de Mestre com a dissertação “Rendimento do processo produtivo e energético da matéria-prima de uma indústria de base florestal”. Na mesma universidade obteve o título de Doutorado em 2007 com a tese “Qualidade da biomassa florestal para o uso na geração de energia em função da estocagem”.

Trabalhou como engenheira florestal na Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná, em Curitiba no período de junho de 1998 a abril de 2000. Iniciou suas atividades docentes em março de 2000, na UNIPLAC - Universidade do Planalto Catarinense, em Lages – SC, nos cursos de Tecnologia da Madeira e Engenharia Industrial Madeireira. Desde então vem atuando, agora na UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina, nas áreas de Qualidade da Madeira e Energia da Biomassa Florestal, tendo ministrado as disciplinas de: Anatomia e Identificação de Madeiras; Princípios e Utilização de Produtos Florestais; Secagem da Madeira; Biodegradação e Preservação da Madeira; Transformação Mecânica; Química da Madeira; Botânica; Dendrologia e Propriedades e Produtos Energéticos da Madeira. Foi docente do Curso de Especialização em Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais (convênio Universidade do Planalto Catarinense e Universidade Federal do Paraná), em 2002, na disciplina de Anatomia e Identificação de Madeiras.

Durante algum tempo foi sócia da empresa Solumad - Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (http://www.solumad.com.br/), que faz pesquisas, consultoria e análises laboratoriais nas áreas ambiental, de celulose e papel, de energia de biomassa, de painéis de madeira e processamento mecânico da madeira.

Atualmente atua como professora e pesquisadora do Curso de Engenharia Florestal na Universidade do Estado de Santa Catarina em Lages, onde pesquisa nos campos de Energia de Biomassa Florestal; Uso de Resíduos Florestais e Industriais e Qualidade e Usos Industriais da Madeira. Logo, contribui e continua contribuindo muito para o desenvolvimento da região através de estudos para resolver alguns dos principais problemas locais, auxiliando na difusão do conhecimento, tanto ao nível dos produtores florestais e industriais, como dos tantos alunos das universidades que já ajudou na formação acadêmica.

A atuação da pesquisadora Martha Brand rendeu inúmeros artigos científicos publicados, resumos apresentados em congressos e capítulos de livros. Para conhecer mais detalhes de sua carreira profissional e acadêmica, sugerimos uma visita ao seu Curriculum Vitae na Plataforma Lattes do CNPq em:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4706211E8


Algumas das publicações da Dra. Martha Andreia Brand estão relacionadas abaixo e disponibilizadas para downloading para vocês leitores. Observem e aprendam muito sobre essa área que nossa Grande Autora dos Pinus domina tão bem, que é a de geração de energia a partir da madeira:

Residues production in Pinus commercial forests for energy production. M. A. Brand; T. S. Furtado; J. Ferreira; R. D. Pesco; M. D. Neves. World Forest Congress. 06 pp. (2009)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171824001.pdf
http://www.cfm2009.org/es/programapost/resumenes/uploads/residues_production_fd.pdf

Potencialidade de uso de biomassa de florestas nativas sob manejo sustentável para a geração de energia. M. A. Brand; L. C. Oliveira; S. A. Martins; S. R. Lacerda; L. Souto Junior. CITENEL. 10 pp. (2009)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171821311.pdf
http://www.ebah.com.br/potencialidade-do-uso-de-biomassa-de-
florestas-nativas-sob-manejo-sustentavel-para-a-geracao-de-a21998.html

Influência do teor de umidade no poder calorífico em diferentes idades e componentes de árvores de Pinus taeda. J. C. Ferreira; T. S. Furtado; M. D. Neves; M. A. Brand. Primeiro Congresso Brasileiro sobre Florestas Energéticas. (2009)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171820051.pdf
http://www.ebah.com.br/influencia-do-teor-de-umidade-no-
poder-calorifico-em-diferentes-idades-e-componentes-de-arvores-de-a21997.html


Influência da idade da árvore na eficiência energética dos resíduos
. T. S. Furtado; J. C. Ferreira; M. D. Neves; M. A. Brand. Primeiro Congresso Brasileiro sobre Florestas Energéticas. 04 pp. (2009)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171819291.pdf

Influência da pressão e material nas propriedades de briquetes de biomassa florestal. M. A. Brand; G. I. B. Muñiz; M. Valin; W. F. Quirino. Primeiro Congresso Brasileiro sobre Florestas Energéticas. (2009)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171819411.pdf

Improving the quality of wood for energy generation by controlling the storage conditions. M. A. Brand; G. I. B. Muñiz; W. F. Quirino; O. Brito. Biomass and Bioenergy Draft. 25 pp. (2008)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171819141.pdf

O setor de base florestal da serra catarinense e a emergência de um ecossistema industrial. D. N. Hoff; M. A. Brand; R. Rathmann; E. A. Pedrozo. RGSA Revista de Gestão Social e Ambiental 2(1):57-72. (2008)
http://www.gestaosocioambiental.net/ojs1.1.10/ojs/
include/getdoc.php?id=281&article=146&mode=pdf

Parâmetros de controle da qualidade de preços da biomassa florestal para a geração de energia. M. A. Brand; J. Oliveira; S. Martins; L. Oliveira; M. A. Neves. Revista ANEEL 3:36-38. (2008)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171821181.pdf
http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/REVISTAP&D3.PDF

Fontes de biomassa para a geração de energia. M. A. Brand. UNIPLAC. Apresentação em PowerPoint: 62 slides. (2008)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171818441.pdf

Storage as a tool to increase the quality of wood fuel. M. A. Brand; G. I. B. Muñiz; W. F. Quirino; J. O. Brito. II UNINDU - International Congress University-Industry Cooperation. Itália. 10 pp. (2007)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171824351.pdf

Tratamento de biomassa florestal para geração de energia. M. A. Brand. UDESC-UNIPLAC. Apresentação em PowerPoint: 21 slides. II Congresso de Bioenergia. 21 slides (2007)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171824491.pdf

Qualidade da biomassa florestal para o uso na geração de energia em função da estocagem. M. A.Brand. Tese de Doutorado UFPR - Universidade Federal do Paraná. 169 pp. (2007)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/10397/1/
Tese-versão%20final%20-%20Martha%20Andreia%20Brand.pdf

O setor de base florestal da serra catarinense e a emergência de um ecossistema industrial. D. N. Hoff; M. A. Brand; R. Rathmann; E. A. Pedrozo. IX ENGEMA. 17 pp. (2007)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171820401.pdf

O uso da bioenergia. M. A. Brand. Curso de Engenharia Florestal UDESC e Engenharia Industrial Madeireira UNIPLAC. Apresentação em PowerPoint: 22 slides. (2007)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171820591.pdf

Análise da competitividade da indústria de base florestal da região de Lages, SC. D. N. Hoff; F. J. Simioni; M. A. Brand. Ensaios FEE 27(1): 109-134. (2006)
http://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/viewFile/2113/2495

Bioenergia, biomassa, aproveitamento de resíduos e sustentabilidade. M.A. Brand. UNIPLAC. Apresentação em PowerPoint: 31 slides. (2006)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171814501.pdf

Novos produtos para o tratamento preservante da madeira. “Perspectivas da pesquisa e utilização”. M. A. Brand; J. Anzaldo; J. C. Moreschi. Floresta 36(1):129-138. (2006)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/view/5600/4083

RESUMO: Modelagem computacional da secagem de madeira: estudo do desenvolvimento termo-fluido-dinâmico. L. P. Fernandes; G. C. Thomas; V. J. Costa; M. A. Brand; A. Durigon; E. Bitencourt; A. J. Chirinian. XXIX CNMAC/SBMAC. (2006)
http://www.sbmac.org.br/eventos/cnmac/xxix_cnmac/PDF/495.pdf

Levantamento florístico e análise fitossociológica de um remanescente de floresta ombrófila mista localizado no município de Pinhais, Paraná-Brasil. C. D. Seger; F. L. Dlugosz; G. Kurasz; D. T. Martinez; E. Ronconi; L. A. N. Melo; S. M. Bittencourt; M. A. Brand; I. Carniatto; F. Galvão; C. V. Roderjan. Floresta 35(2): 291-302. (2005)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/view/4617/3570

Estudos preliminares dos resíduos madeiráveis gerados na região de Lages que subsidiaram a instalação de uma cogeradora de energia. M. A. Brand; F. J. Simioni. Fórum de Integração Energética. 03 pp. (2005)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171818301.pdf

Determinação da quantidade de resíduos madeiráveis gerados nas indústrias madeireiras em um raio de 150 km do município de Otacílio Costa. M. A. Brand; M. Hassegawa. UNIPLAC. 65 pp. (2005)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171815371.pdf

Determinação das propriedades energéticas de resíduos de madeira em diferentes períodos de armazenamento. M. A. Brand; V. J. da Costa, A. Durigon; M. Amorim. 65 pp. (2005)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171815471.pdf
http://www.tractebelenergia.com.br/uploads/13_1.pdf

Avaliação do processo produtivo de uma indústria de manufatura de painéis por meio do balanço de material e do rendimento da matéria-prima. M. A. Brand; U. Klock; G. I. B. Muniz; D. A. Silva. Revista Árvore 28(4): 553-562. (2004)
http://www.scielo.br/pdf/rarv/v28n4/22604.pdf

Análise da qualidade energética de resíduos madeiráveis ao longo de seis meses de armazenamento. M. A. Brand; G. I. B. Muñiz; M. Amorin; J.V. Costa; E. Bittencourt. I Congresso Internacional de Bioenergia. 16 pp. (2004)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171814161.pdf
http://www.ebah.com.br/analise-da-qualidade-energetica-de-residuos
-madeiraveis-ao-longo-de-6-meses-de-armazenamento-pdf-a23058.html

Variação radial de densidade básica em diferentes procedências de Grevillea robusta Cunn. P. P. Mattos; E. G. Martins; M. A. Brand; E. Bittencourt. Boletim de Pesquisa Florestal 49: 3-16. (2004)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/boletim/boletarqv/boletim49/Pag_3_16.pdf

Ensaio experimental de espécies do gênero Pinus na avaliação das propriedades mecânicas da madeira. M. A. Brand; L. B. P. Krambeck; R. L. Simão; F. J. Simioni; C. R. Sanquetta; J. G. Sasso. III Encontro de Ciência e Tecnologia. 15 pp. (2004)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171816061.pdf

Influência do tempo de armazenamento sobre a perda de umidade de resíduos madeiráveis. M. A. Brand; G. I. B. Muñiz; M. Amorin; J. V. Costa; E. Bittencourt. III ECTEC. 10 pp. (2004)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171819521.pdf

Características da madeira de espécies do gênero Pinus, potenciais para o uso na indústria madeireira na região sul do Brasil. M. A. Brand; L. B. P. Krambeck; R. L. Simão. 58 pp. (2003)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171815121.pdf

Caracterização do rendimento e dos resíduos em uma laminadora através do balanço de materiais. M. A. Brand; G. I. B. Muñiz. Congresso Florestal Brasileiro. 13 pp. (2003)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/download/2288/1911

Balanço e rendimento energéticos de uma indústria integrada de base florestal. M. A. Brand; D. A. Silva; G. I. B. Muniz. U. Klock. Floresta e Ambiente 9(1): 45–53. (2002)
http://146.164.33.61/silviocarlos/pesquisa/Vol9%2045A53.pdf

Caracterização do rendimento e quantificação dos resíduos gerados em serraria através do balanço de materiais. M. A. Brand; G. I. B. Muñiz, D. A. Silva; U. Klock. Floresta 32(2): 247-259. (2002)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/viewFile/2288/1911

Produção de chapas de madeira compensada de cinco espécies de Pinus tropicais. S. Iwakiri; D. P. Olandoski; G. Leonhardt; M. A. Brand. Ciência Florestal, 11(2): 71-77. (2001)
http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/534/53411206.pdf

Utilização de resíduos de serraria na produção de chapas de madeira aglomerada de Eucalyptus saligna, Eucalyptus citriodora e Eucalyptus pilularis. S. Iwakiri; C. R. Cruz; D. P. Olandoski; M. A. Brand. Floresta e Ambiente 7(1): 251 – 256. (2000)
http://www.if.ufrrj.br/revista/pdf/Vol7%20251A256.pdf

Rendimento do processo produtivo e energético da matéria-prima de uma indústria de base florestal. M. A. Brand. Dissertação de Mestrado. UFPR - Universidade Federal do Paraná. 180 pp. (2000)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171823431.pdf

Estudo da viabilidade técnica do aproveitamento dos gases da combustão de biomassa na secagem de serragem para a geração de energia. R. C. Brutti; M. A. Brand; F. J. Simioni; A. M. D. Neves. Relatório de Projeto de Pesquisa: Adequação do uso de resíduos de madeira de pequena granulometria para a geração de energia. 10 pp. (s/d)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171816211.pdf

Avaliação energética de resíduos de madeira estocados nas indústrias da região de Lages, Santa Catarina. M. A. Brand; V. J. da Costa; E. Bittencourt; M. D. Neves. UNIPLAC/Tractebel Energia. 05 pp. (s/d)
http://www.solumad.com.br/artigos/201011171814361.pdf

Referências sobre Eventos e Cursos

Essa seção tem como meta principal apresentar a vocês todos a possibilidade de se navegar em eventos que já aconteceram em passado recente (ou não tão recente), e para os quais os organizadores disponibilizaram o material do evento para abertura, leitura e downloading em seus websites. Trata-se de uma maneira bastante amigável e com alta responsabilidade social e científica dessas entidades, para as quais direcionamos os nossos sinceros agradecimentos. Gostariamos de enfatizar a importância de se visitar o material desses eventos. A maioria deles possui excepcionais palestras em PowerPoint, ricas em dados, fotos, imagens e referências para que você possa aprender mais sobre os temas abordados. Outras, disponibilizam todo o livro de artigos técnicos, verdadeiras fontes de conhecimento para nossos leitores. Deveremos ainda destacar nessa seção a crescente disponibilidade de materiais acadêmicos colocados de forma pública por inúmeros professores universitários, que oferecem suas aulas e materiais didáticos para uso pelas partes interessadas da Sociedade através da internet. Em algumas edições lhes forneceremos referências desses tipos de cursos também.

Esperamos que gostem da seleção dessa edição:

V Congresso Florestal Nacional. (Portugal)
O Quinto Congresso Florestal Nacional de Portugal ocorreu de 16 a 19 de maio de 2005 no Instituto Politécnico Viseu. Durante o encontro foram ministrados vários comunicados orais e também trabalhos apresentados em pôsteres divididos em seis áreas temáticas: silvicultura; inventário, modelação e gestão; fisiologia e genética; produtos florestais; proteção florestal e política florestal. Seguem alguns trabalhos sobre os Pinus apresentados durante o evento.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/ (Atas ou anais das apresentações)

A capacidade do Pinus pinaster Aiton. para acumulação de carbono orgânico. Estudo de quatro casos de povoamentos na mata nacional de Leiria.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T1-02.pdf

História holocénica dos Pinus em Portugal: uma interpretação geobotânica.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T1-14.pdf

Efeito do controle de infestantes e da fertilização no crescimento de pinheiro bravo.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T1-23.pdf

Estudio de tiempos y rendimientos de cosechadoras forestales en una serie de aprovechamientos de primera clara en masas de Pinus radiata y Pinus sylvestris en el distrito forestal VII de Galícia.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T1-23.pdf

Avaliação do desempenho de um vibrador mecânico na colheita de pinha (Pinus pinea L.).
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T1-12.pdf

O potencial do pinheiro bravo (Pinus pinaster Ait.) para a produção de peças sólidas de madeira de cerne.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T4-08.pdf

Fabrico de estruturas lameladas-coladas com madeira de pinho bravo tratada em autoclave.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T4-39.pdf

Composição dos extractivos da madeira de pinheiro bravo: variação borne/cerne e lenho normal/lenho resinado.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T4-31.pdf

Avaliação da eficácia de Bacillus thuringiensis contra a processionária do pinheiro, Thaumetopoea pityocampa (Den. & Schiff).
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T5-20.pdf

Pinus pinaster - Impacte da desfolha causada por Thaumetopoea pityocampa.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T5-34.pdf

Estudo da comunidade macrofúngica associada a souto (Castanea sativa), pinhal (Pinus pinaster) e carvalhal (Quercus pyrenaica), no nordeste Transmontano.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T5-64.pdf

Análise da variabilidade de proveniências de pinheiro bravo na Mata Nacional do Escaroupim.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T3-15.pdf

Plasticidade fenotípica do crescimento e sobrevivência de proveniências de Pinus pinaster, Pinus halepensis e Pinus sylvestris.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T3-17.pdf

Estudo das flutuações intra-anuais de densidade nos anéis de crescimento de Pinus pinea no Alentejo - Possíveis interpretações climáticas.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T3-10.pdf

Resposta de descendências de pinheiro bravo (Pinus pinaster Ait.) ao stress hídrico em condições controladas e comparação com condições de campo.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T3-27.pdf

SCC_PP: Um sistema para classificação da constituição dos povoamentos de Pinus pinaster.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T2-32.pdf

Crescimento em altura dominante dos povoamentos de pinheiro silvestre em Trás-os-Montes e Alto Douro: curvas de qualidade de estação.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/t2-06.pdf

The adjustment of global and partial dry biomass models for Pinus pinaster in the north-east of Portugal.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T2-17.pdf

Some practical methodologies to estimate net primary production for Pinus pinaster and Eucalyptus globulus stands.
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T2-16.pdf

VI Congresso Florestal Nacional. (Portugal)
O Sexto Congresso Florestal Nacional de Portugal foi sediado em Ponta Delgada durante o mês de outubro de 2009. Observem o magnífico livro do evento e confiram os diversos trabalhos que foram lá ministrados referentes aos Pinus. Nas 899 páginas desse livro vocês poderão encontrar farta literatura florestal, tanto sobre os Pinus, como sobre os eucaliptos. Aproveitem para fazer o downloading do livro para seu computador.
http://www.esac.pt/cernas/cfn6/ACTAS%20Congresso.pdf (Livro de trabalhos do congresso)

Curso "A poda de árvores urbanas". (Brasil)
O curso sobre podas de árvores florestais e de arborização urbana foi ministrado pelo Prof. Dr. Rudi A. Seitz durante os dias 30 e 31 de outubro e primeiro de novembro de 1996 em Piracicaba, São Paulo. Confiram um dos materiais do treinamento, o qual aborda os Pinus como assunto de aula.
http://www.ipef.br/publicacoes/curso_arborizacao_urbana/cap07.pdf

94th ESA - Ecological Society of America Annual Meeting. (USA )
O Encontro Anual de número 94 da ESA ocorreu na cidade de Albuquerque, Novo México/USA em 2009. Foram discutidos e apresentados cursos, workshops, simpósios, um total de centenas de trabalhos. Apenas para estimular nossos leitores a navegar no website do evento, sugerimos colocar a palavra Pinus e depois "pine" no mecanismo de busca que aparece na página de abertura do evento. Vocês serão surpreendidos com mais de 2 centenas de resultados. Os temas variam sobre a ecologia dos inúmeros Pinus norte-americanos, bem como sobre sequestro de carbono, mortalidade devido a doenças e pragas, fisiologia do crescimento, manejo de ciclos hídricos, ecologia de paisagens, etc. Experimentem fazer essa navegação.
http://eco.confex.com/eco/2009/techprogram/
http://eco.confex.com/eco/2009/techprogram/D1016.HTM (Palestras orais)
http://eco.confex.com/eco/2009/techprogram/D1021.HTM (Simpósio)
http://eco.confex.com/eco/2009/techprogram/D1022.HTM (Workshop)
http://eco.confex.com/eco/2009/techprogram/D1023.HTM (Pôsteres por tema)

Pinus-Links

A seguir, trazemos a vocês nossa indicação para visitarem diversos websites que mostram direta relação com os Pinus, nos aspectos econômico, técnico, científico, ambiental, social e educacional. Conforme já mencionado, nessa edição, trazemos indicações de webpages de empresas ibero-americanas que produzem papelão ondulado e algumas outras organizações e entidades do setor que ajudam a difundir conhecimentos sobre esses produtos e as tecnologias envolvidas.

AFCO - Asociación Española de Fabricantes de Envases y Embalajes de Cartón Ondulado. (Espanha)
Essa associação de fabricantes de embalagens de papelão ondulado da Espanha foi criada em 1977 com o intuito, tanto de disponibilizar melhor conhecimento sobre o setor através de estudos, como de levar novas informações às fábricas e seus associados. Os sócios geralmente são produtores de papelão ondulado e/ou de caixas desse produto, que buscam melhor qualidade e também condições de mercado mais favoráveis para a realização de seus negócios. Seguem alguns interessantes temas abordados no website da AFCO:
http://www.afco.es (Website geral)
http://www.afco.es/info_tecnica.htm (Acerca do papelão ondulado)
http://www.afco.es/info_ciclo.htm (Ciclo do papelão ondulado)
http://www.afco.es/sost_recic.htm (Recuperação e reciclagem)
http://www.afco.es/docs/publicaciones/PUB_145_Informe%20Sectorial%20AFCO%202008.pdf (Consumo de papelão ondulado na Espanha)
http://www.itene.com/itene/docum_es/difusionSOSTENIBILIDADnoviembre07/
sostenibilidad29nov/ponencia%20afco.pdf
(Apresentação sobre embalagens sustentáveis de papelão ondulado na Espanha)

CAFCCO - Camara Argentina de Fabricantes de Cartón Corrugado. (Argentina)
CAFCCO é a entidade que desde 1974 agrupa os fabricantes argentinos de papelão ondulado e seus derivados. Hoje congrega mais de 60 empresas corrugadoras e papeleiras, o que corresponde a mais de 90% da produção do país.
http://www.cafcco.com.ar/index.shtml (Website geral)
http://www.cafcco.com.ar/carton.shtml (Acerca do papelão
http://www.cafcco.com.ar/reciclado.shtml (Como se recicla o papelão)
http://www.cafcco.com.ar/medioambiente.shtml (Aspectos ambientais)
http://www.cafcco.com.ar/enlaces.shtml (Links com outras instituições internacionais sobre papelão ondulado)


FEFCO - European Federation of Corrugated Board Manufacturers.
(Continente Europeu)
A webpage da Federação Européia de Fabricantes de Papelão Ondulado apresenta muita informação sobre o setor. Essa associação internacional foi estabelecida em 1952 e busca representar desde então os direitos de todas as empresas européias de papelão ondulada associadas a ela. Também busca melhoria contínua de seus associados disponibilizando assistência, eventos especializados e informações no website. Acessem abaixo e conheçam algumas das publicações e estatísticas disponibilizadas pela FEFCO.
http://www.fefco.org/ (Home)
http://www.fefco.org/index.php?id=145 (Publicações)
http://www.fefco.org/index.php?id=environment (Vantagens ambientais do setor e do papelão)

ACCCSA - Asociación de Corrugadores del Caribe, Centro y Sur America. (Costa Rica)
A ACCCSA tem como missão valorizar o papelão ondulado como embalagem e contribuir para o desenvolvimento desse setor na América Latina. Atua desde os anos 1970's promovendo congressos, editando estatísticas, relatórios, estudos, diretório de empresas e a revista Corrugando. Conheçam alguns dos serviços oferecidos pela ACCCSA a seguir:
http://www.acccsa.org (Website geral)
http://www.acccsa.org/directorio/index.htm (Diretório de empresas latino americanas)
http://www.acccsa.org/index.php?option=com_content&view=article&id=78&Itemid=63 (Manual técnico)
http://www.acccsa.org/index.php?option=com_content&view=article&id=72&Itemid=1 (Convenções)

ICCA - International Corrugated Case Association. (USA)
A ICCA consiste em uma associação de fabricantes de papelão ondulado para uso como caixas de embalagem e que foi fundada em 1961 e está hospedada em Elk Grove Village, no estado de Illinois/USA. A ICCA tem por objetivo principal promover o desenvolvimento desse tipo de embalagem celulósica, estudar o negócio, avaliar e construir estatísticas sobre o mesmo e relacionar-se com as partes interessadas, representando seus associados. Por mais de 30 anos a ICCA realizou sua conferência denominada Management Conference, porém a partir de 2007 passou a realizar uma parceria com a WCO - World Containerboard Organization, da qual resultou o importante evento conhecido como Global Corrugated/Containerboard Summit, um dos mais expressivos do setor. Conheçam mais sobre a ICCA em:
http://www.iccanet.org/ (Website geral da associação)
http://www.iccanet.org/DataServices/Statistics.aspx (Estatísticas sobre o setor)
http://www.iccanet.org/Info/Conference.aspx (Conferências)
http://www.iccanet.org/Info/CorrugatedSymbol.aspx (Símbolo da reciclagem das caixas de papelão)


ECO / WCO - European and World Containerboard Organizations. (Website global)
Essas duas organizações representam os interesses de muitos produtores europeus e mundiais de papelão ondulado e dos papéis que o compõem ("linerboard", "testliner" e miolo/"fluting") com a finalidade de estimular e promover esse tipo de negócio como embalagem a nível global. As duas organizações promovem parcerias com as associações domésticas e regionais de diversos países para atingir essas finalidades.
Conheçam também as diferenças nessas terminologias em:
http://en.wikipedia.org/wiki/Containerboard e http://en.wikipedia.org/wiki/Corrugated_board
http://www.eco-wco.de/index.php?s=1 (Website geral)
http://www.eco-wco.de/index.php?s=2&u=27 (Sobre a ECO)
http://www.eco-wco.de/index.php?s=3&u=40 (Sobre a WCO)

Revista Corrugando. (Costa Rica)
Essa revista editada na Costa Rica e que consiste no meio de comunicação da ACCCSA - Asociación de Corrugadores del Caribe, Centro y Sur América é especializada em difundir conhecimento técnico e científico sobre o papelão ondulado. Há no seu website inúmeras informações que incluem a fabricação, as vantagens, as principais medições, dentre outros temas. Confiram também as edições disponíveis na web.
http://corrugando.com/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1 (Home)
http://corrugando.com/index.php?option=com_content&task=view&id=209&Itemid=26 (Manual de elaboração do papelão ondulado)
http://corrugando.com/index.php?option=com_content&task=view&id=74&Itemid=26 (O que medir no papelão ondulado?)
http://corrugando.com/index.php?option=com_content&task=view&id=73&Itemid=26 (Papelão ondulado: uma eleição rentável)
http://corrugando.com/index.php?option=com_content&task=section&id=5&Itemid=26 (Edições da revista)
http://www.corrugando.com/images/stories/edicion13/CORRUGANDO-13.pdf (Edição número 13 em pdf)

Papelnet - CMPC. (Chile)
Papelnet é um website educativo da empresa chilena CMPC - Compañia Manufacturera de Papeles y Cartones. Visitem alguns de seus textos esclarecedores sobre o papelão ondulado:
http://www.papelnet.cl/carton_corrugado/carton_corrugado.htm (O papelão ondulado)
http://www.papelnet.cl/carton_corrugado/reciclaje.htm (Reciclagem do papelão ondulado)

Portal Mari Papel.
(Website global em espanhol)
Trata-se de um portal bastante conhecido na América Latina, gerenciado pela Latin Press e especializado em notícias e negócios sobre os setores de papel, papelão ondulado e papéis para fins sanitários ("tissue").
http://www.maripapel.com

TAPPI - Technical Association of the Pulp and Paper Industry.
(USA)
A TAPPI, associação que se dedica aos assuntos técnicos do setor de papel e celulose nos Estados Unidos da América, tem forte presença no setor do papelão ondulado. Em seu website pode-se obter a coleção da revista digital Corrugating International, desde 1999 até 2007. Pode-se também registrar para receber o informativo digital Over the Wire, que incorporou o antigo informativo E-Corr, especializado em papelão ondulado.
http://www.tappi.org (Website geral)
http://www.tappi.org/s_tappi/sec_publications_archive.asp?CID=4599&DID=510523 (Arquivos da revista digital Corrugating International)
http://www.tappi.org/s_tappi/sec.asp?CID=9670&DID=553511 (Arquivos do informativo digital E-Corr)

EUROPAC. (Espanha, Portugal e França)
O grupo EUROPAC se dedica a produzir e inovar tecnologicamente as embalagens de papel e papelão ondulado. Além de produzir seus próprios produtos (papéis capa e miolo e papelão ondulado), também apresenta forte política ambiental e de qualidade. Observem algumas curiosidades em seu website:
http://www.europac.es/index.asp (Home)
http://www.europac.es/historia.asp?id=1 (História da empresa)
http://www.europac.es/carton.asp?id=2 (Papelão ondulado)
http://www.europac.es/embalajes.asp?id=2 (Embalagens)
http://www.europac.es/saladeprensa.asp?id=5 (Notícias)
http://www.europac.es/papel.asp?id=2 (Papéis miolo e capas)
http://www.europac.es/pdfs/Europac-2009_PT-web.pdf (Especificações técnicas dos papéis capa e miolo)



Algumas empresas que se relacionam a caixas ou chapas de papelão ondulado em países ibero-americanos
(não entender como referências comerciais, são apenas para que se possa conhecer as informações técnicas disponibilizadas nos websites para fins educacionais e técnicos):


http://www.cajas.com.ar/index.php (Argentina)
http://www.decartoncorrugado.com.ar/ (Argentina)
http://www.egcorrugados.com.ar/ (Argentina)
http://www.kraft-liner.com.ar/ (Argentina)
http://www.quilmespack.com.ar/carton.htm (Argentina - Muito instrutivo)
http://www.quiminet.com/ar4/ar_armzgtadvc-que-son-las-cajas-de-carton-corrugado.htm (Argentina - Educacional)
http://www.carrascal.cl/productos/carton.php (Chile)
http://www.papelescordillera.cl/f_productos.htm (Chile - Papéis para corrugação)
http://www.sorepa.cl/ (Chile - Empresa aparista de papelão ondulado)
http://www.albacarton.com/productos.html (Colômbia)
http://www.corrumedsa.com/ (Colômbia)
http://www.smurfitkappa.com.co/ (Colômbia)
http://www.fxsanmarti.com/ (Espanha)
http://www.jomarca.com/1/199/sectores__carton_ondulado.html (Espanha)
http://www.ratioform.es/go/search/st=cart%C3%B3n (Espanha)
http://www.tesatape.es/industry/corrugated/industria-del-cartn-ondulado,76779,1.html (Espanha)
http://www.cajasdecartonmexico.com.mx/cajas-de-carton
/informacion/fabricacion-del-carton-corrugado.html
(México - Boas informações sobre o papelão ondulado)
http://www.tododecarton.com.mx/glosario.php (México - Muito educativo)
http://www.webpicking.com/hojas/corrugado01.htm (Excelente texto educativo sobre o papelão ondulado)

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel

Fabricação de Lápis com a Madeira de Pinus

Introdução

Os lápis são utensílios extremamente importantes para a escrita humana e já são utilizados há algumas centenas de anos. Seus primeiros exemplares foram feitos na Inglaterra, nas montanhas de Cumberland, onde foi descoberta a primeira mina de grafite. Inicialmente, acharam que o minério seria chumbo pela semelhança da cor. Contudo, no final do século XVIII, pesquisadores, como o químico Karl Wilhelm Scheele dentre outros, ressaltaram que o material era derivado do carbono, sendo, portanto, o grafite (Wikipédia, 2009).

A primeira mina inglesa de grafite foi extremamente explorada, tornando essa matéria-prima escassa; ao mesmo tempo que os lápis produzidos eram prejudicados frente a má qualidade que possuíam. Apesar disso, mesmo sendo um complexo conjunto de cola, cimento, borracha, entre outros produtos para economizar no grafite, os lápis ingleses ainda eram muito vendidos, pois possuía-se o monopólio do produto. Foi quando se iniciou a fabricação em outras regiões, como na Alemanha, onde a produção surgiu pela primeira vez em 1644. Por volta dessa época, o carpinteiro Kaspar Faber fundou a primeira fábrica de lápis do país, situada nas proximidades de Nuremberg. A fábrica foi evoluindo e foi nas mãos de Lothar von Faber que toda a região ficou conhecida como centro de produção de lápis. Ele estabeleceu as dimensões a serem seguidas pelos lápis e também uma marca registrada para os de suas fábricas. Em 1839, o grafite passou a ser misturado com argila, havendo o aperfeiçoamento do processo fabril das minas do lápis e possibilitando diferentes graus de durezas aos produtos. A parte interna do lápis, feita em geral de grafite, é curiosamente denominada de "mina". Em 1849, foram fundadas outras fábricas da Faber em outras regiões do mundo, como em Nova York, e em 1874 houve o primeiro registro de marca do produto na Alemanha.

Nos dias de hoje, os lápis continuam a ser utilizados com bastante freqüência. Apesar da aparência semelhante com os do passado, a tecnologia de produção nada se compara com a anteriormente realizada (Faber-Castell, 2009). Muitos ressaltam que a mina de grafite é a alma do lápis e que a madeira, então, seria o seu corpo. Logo, ambas (mina e madeira) são de alta relevância para a obtenção de um produto final de alta qualidade. Mais recentemente surgiram lápis produzidos com resinas, mas a madeira continua sendo a principal e mais ecologicamente correta matéria-prima para esse produto.

Segundo Foelkel (s/d) a principal característica da madeira para a produção de lápis é a maleabilidade, seguida da maciez. Essas propriedades fazem-se necessárias para apontar o lápis e facilitar a escrita. Em muitos países, como Portugal e outros do continente europeu, a madeira do cedro americano (Libocedrus decurrens), que era muito utilizada para a fabricação de lápis, está sendo substituída pela de Pinus (Bernhardt, 2003). No Brasil, a Faber-Castell possui há muitos anos plantações do pinheiro tropical de rápido crescimento Pinus caribaea com manejos sustentáveis para uso em produção de lápis, sendo que a partir dos anos 90’s iniciou a produção do que denominou de EcoLápis (lápis com 100% de utilização da árvore do Pinus de florestas sustentáveis e certificadas pelo FSC desde 1999). O EcoLápis tem como grandes vantagens ser obtido de um recurso natural renovável (a floresta plantada de Pinus), com mínima utilização de energia, alta reciclabilidade e renovabilidade. Portanto, compete com muitos ganhos ambientais em relação aos lápis de resina (Faber-Castell, 2009).

Madeiras para lápis no Brasil

Do início dos anos 1930 até os anos 1950 as madeiras mais usadas para a produção de lápis no Brasil eram as de caixeta (Tabebuia cassinoides) e do cedro americano ou californiano (importada). Da década de 1950 até 1970 a caixeta teve uso praticamente exclusivo na produção de lápis no nosso país. T. cassinoides é nativa de várias partes da Mata Atlântica e existiu em abundância em grande parte do território brasileiro no passado. A caixeta apresenta características bastante apropriadas para a confecção do lápis, tais como: madeira de coloração clara, macia, estável, porosa, uniforme e leve (Madeireiro, 2009), sendo mais semelhante à do Pinus do que à do cedro, principalmente em termos de coloração, pois os lápis que apresentam o cedro como matéria-prima tem cor da madeira avermelhada.

Segundo Nolasco e Viana (2004) e Bernhardt (2003), devido ao corte indiscriminado, a exploração comercial da caixeta foi proibida em 1989 (Portaria IBAMA n° 218); porém, teve seu manejo regulamentado em São Paulo no ano de 1992 (Resolução SMA 11, da Secretaria do Meio Ambiente), desde que esse seja auto-sustentável. Assim, as legislações ambientais fizeram com que a madeira da caixeta tenha perdido espaço para a do Pinus para a fabricação de lápis a partir do início dos anos 70’s. As principais razões para o crescimento do uso da madeira do Pinus têm sido relatadas como: aumento da demanda interna e externa por lápis; facilidade de obtenção da madeira de reflorestamentos; custos de produção; dificuldades em incrementar a colheita da caixeta (Ramos apud Nolasco e Viana, 2004). Apesar disso, a madeira de caixeta ainda está presente na produção de lápis artísticos (para uso exclusivo em desenhos) e para fins cosméticos, sendo inclusive exportados, caso a madeira possua certificação comprovada.

No Brasil, há expectativa ainda para o uso da madeira do cedro australiano (Toona ciliata australis) como matéria-prima alternativa ao Pinus, caixeta e cedro americano. Em outras regiões, como na Ásia e América Central, a madeira da Gmelina arborea é usada com sucesso para a produção de lápis.


Fases de produção do lápis


A empresa Faber-Castell relata que toda a árvore do Pinus é aproveitada durante as etapas de fabricação do lápis (Campos, 2009). Suas florestas certificadas de Pinus caribaea estão localizadas principalmente no estado de Minas Gerais e a fabricação do EcoLápis ocorre na cidade de São Carlos, no estado de São Paulo.

As principais fases na produção do lápis, desde a etapa da produção de madeira são (Faber-Castell, 2009):

- Sementes: Escolher sementes melhoradas e sadias e plantar as mesmas em viveiros com substratos e condições ambientais adequadas.

- Cuidados com as mudas: Após germinação (10-15 dias da semeadura), as plantas são irrigadas, adubadas e recebem todos os cuidados fitossanitários necessários para serem plantadas em hortos florestais.

- Plantio: ocorre quando as mudas atingem 25 cm de altura (geralmente quatro meses desde a semeadura). As mudas são plantadas obedecendo-se a topografia do terreno e a densidade populacional estabelecida. As áreas adquiridas para plantações de P. caribaea da Faber-Castell eram degradadas pelo mau uso agrícola e principalmente de pastejo animal intensivo. Assim, os Pinus também têm o objetivo de ajudar a recuperá-las. O monitoramento da área após plantio também é necessário, realizando replantios e combate à pragas da cultura de acordo com o estabelecido pelas entidades certificadoras de bons manejos florestais.

- Poda: Ao atingirem cerca de 4 metros de altura, após aproximadamente três anos, a poda dos galhos inferiores das árvores se faz necessária para diminuir a quantidade de nós na madeira. Os ramos retirados são deixados sobre o solo, promovendo a reciclagem de nutrientes.

- Desbaste ou colheita parcial: as árvores de menor qualidade são colhidas a idades e condições preconizadas pelo manejo, evitando assim que o solo fique totalmente exposto e fazendo com que haja mais espaço para o desenvolvimento da população remanescente.

- Colheita final: realizada a cerca de 18 anos após plantio do povoamento. As folhas ramos e raízes são deixados na área, diminuindo problemas de erosão do solo e aumentando sua fertilidade para as mudas que são plantadas na área logo a seguir.

- Industrialização da madeira: No pátio da fábrica as toras são selecionadas pelo diâmetro, onde as que possuem mais de 14 cm de diâmetro de madeira são utilizadas para a fabricação de lápis. As toras finas servem para a produção da energia da fábrica em caldeira de biomassa.

- Preparação da madeira: A madeira das toras descascadas de Pinus é cortada em tábuas pequenas inteiriças de dimensões padrões de 18 cm de comprimento e 20 a 80 mm de largura. A espessura varia em função do diâmetro do lápis a ser fabricado, mas em geral está próxima a 5 mm. Essas dimensões também ditam as quantidades de lápis que podem ser fabricados. As tabuinhas são padronizadas em unidades que variam entre 2 a 8 ply (medida estabelecida pelas indústrias fabricantes de lápis para indicar o número de lápis que se obtém ao se usar duas tabuinhas de idêntico ply). Por exemplo, com duas tabuinhas idênticas de dois ply unidas junto com a mina de grafite na parte do meio, há a fabricação de dois lápis. Já com duas de 8 ply, são obtidos oito lápis (Nolasco e Viana, 2004).

- Tingimento: as tabuinhas recebem tratamento específico e tingimento para melhoria na sua função e estética. Depois disso, as tábuas são secadas em temperaturas e umidades adequadas e são armazenadas por 60 dias para evitar o empenamento (Motomura, s/d).

- Produção do lápis: Máquinas especializadas abrem várias ranhuras em todo o comprimento da tabuinha onde são posteriormente acondicionadas as minas prontas (grafite ou de cor). Outra tabuinha contendo canaletas semelhantes é sobreposta à primeira tábua com as minas de grafite. Junto com prensagem, cola e calor a mina e a madeira tornam-se peça única através da técnica de “sanduíche”. Isso garante a integridade da mina pela proteção da madeira que também evita que os dedos e mãos se sujem pelo grafite (Viarco, 2009; Motomura; s/d).

- Etapas finais: Esse “sanduíche” formado é então processado em formato de lápis através da técnica de “arredondagem”. Após, o lápis bruto recebe camadas de vernizes, tintas e acabamento final com o carimbo da logomarca e finalmente, o apontamento. Assim, os lápis já estão prontos para serem embalados e vendidos

- Produção das minas: Segundo Faber-Castell (2009), Discovery Channel (2009) e Viarco (2009) os processos de fabricação das minas coloridas e de grafite são distintos.

Minas de cor: No caso das minas coloridas as principais matérias-primas utilizadas são pigmentos, aglutinantes, cargas inertes e ceras. Todo esse material é misturado e posteriormente prensado em máquinas extrusoras que dão aspecto de espaguete às minas. Após, essas são testadas em laboratórios e secadas apropriadamente. Já as minas da Viarco (2009) tem como ingredientes principais: caulim, tilose, água e pigmentos. Esses vão sendo misturados, compactados e após a formação das minas, passam por secagem e tratamentos com ceras. A Viarco é uma empresa fabricante de lápis em Portugal.

Minas de grafite:
o processo de fabricação das minas de grafite é semelhante ao das minas de cor; todavia, as matérias-primas usadas diferem-se. O grafite moído é misturado com argila tratada, sendo prensado para a formação dos espaguetes. Depois que ocorre o processo de secagem, há a "queima" das minas em fornos com temperaturas elevadas e posteriormente tem-se um tratamento com gorduras (Faber-Castell, 2009). As quantidades de argila misturadas ao grafite são proporcionais às graduações de dureza que se pretende ter no lápis. As mais comuns para a escrita no Brasil são B ou HB; porém, as minas de grafite podem ser fabricadas em até 14 graduações distintas, possuindo funções de escrita distintas.

Aspectos ambientais da produção do lápis

Um aspecto muito importante no ciclo do lápis é a preocupação crescente com o meio ambiente. Algo que não se via no passado. Hoje, a árvore inteira da floresta plantada de Pinus já é utilizada na fabricação do lápis ecologicamente correto. Tais aproveitamentos, segundo Faber-Castell (2009) e EcoViagem (2003) são:

- Resíduos de poda e colheita florestal são mantidos no solo, gerando matéria-orgânica e nutrientes para o enriquecimento do solo após degradação.

- Resíduos de serragem que surgem durante a formação do lápis podem gerar energia, ou também servir de matéria-prima para a elaboração de chapas de madeira reconstituída.

- As cascas viram substrato para a formação de húmus após compostagem, servindo como fertilizantes de solos e uso em horticultura e jardinagem.

- Cinzas que sobram das caldeiras, também são utilizadas como fertilizantes, ou também usadas para a elaboração de cimento.

De acordo com Discovery Channel (2009), atualmente, um hectare de área florestal é capaz de produzir cerca de 3.500.000 lápis e a dinâmica do processo fabril já é capaz de elaborar 500 lápis por cada segundo de operação. Portanto, em duas horas de fabricação, utiliza-se a madeira colhida de cerca de um hectare de florestas. Motomura (s/d) relatou que cada árvore de Pinus caribaea pode gerar uma quantia de até 9 mil lápis, dependendo do volume da árvore, da qualidade da madeira e das dimensões dos lápis. Por outro lado, a Faber-Castell (2009) relata a produção de cerca de 2.500 lápis por cada árvore de Pinus caribaea de 14 anos. Dessa forma, quando as empresas produtoras otimizam suas performances ambientais e produtivas, conseguem diminuir ao máximo suas não-conformidades e desperdícios de madeira e aproveitam 100% das árvores, tanto para a fabricação do lápis, como para outros sub-produtos valiosos (biomassa energética, húmus, etc., como visto anteriormente). Temos todos que ter consciência do uso dos recursos naturais que estão sendo utilizados para a fabricação desse produto. Apesar do lápis ser biodegradável, necessitando de menos de um ano para a degradação de seus resíduos, temos que utilizá-lo de forma racional, aproveitando-o de forma a mais completa possível (Faber-Castell, 2009).

Considerações finais

Os lápis, importante produto cultural da sociedade humana hoje tem na madeira do Pinus, uma de suas principais matérias-primas. Portanto, as plantações do gênero Pinus conseguem desempenhar com muito sucesso e sustentabilidade mais esse importante papel para o nosso desenvolvimento e bem-estar. Entretanto, frente ao dinamismo das mudanças tecnológicas, continuadas pesquisas e inovações devem ser buscadas, tanto nas áreas florestais, como industriais e na própria utilização desse produto.


Referências da literatura e sugestões de leitura:


Pencils.
Faber-Castell. Acesso em 29.11.2009:
Por ser uma das maiores empresas mundiais fabricantes de lápis, a Faber-Castell possui em seus websites (em diferentes países) muito material sobre o assunto, abordando assuntos que vão desde aspectos históricos até as tecnologias mais avançadas para a sua fabricação. Outros websites também costumam se referir aos lápis e à história dessa empresa. Confiram alguns dos temas expostos em inglês e em português.
http://www.faber-castell.com.au/18800/Products/How-products-are-made
/Interesting-Facts/default_news.aspx
("Pencils")
http://www.faber-castell.de/bausteine.net/file/showfile.aspx?
downdaid=6907&sp=E&domid=1010&fd= ("A matter of respect")
http://www.fabercastell.com.br/html/internacional/historia.htm (História do lápis)
http://www.faber-castell.de/bausteine.net/file/showfile.aspx?
downdaid=6904&sp=E&domid=1010&fd=0
("The early days of black-lead writing")
http://www.penciltalk.org/2006/07/graf-von-faber-castell-pencils ("Graf von FaberCastell pencils")
http://www.elsiglodetorreon.com.mx/noticia/302974.
produccion-de-lapiz-negocio-rentable.htm
l (Produção de lápis, negócio rentável)

Faber-Castell. Wikipédia. Acesso em 08.12.2009:
A história da Faber-Castell, uma das maiores produtoras mundiais de lápis, está intimamente ligada com a história desse produto. A enciclopédia virtual Wikipédia, ao relatar a história da empresa, também faz o mesmo para o lápis. Confiram ainda algumas curiosidades como o lápis menor do mundo assim como o mais velho, entre outras informações.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Faber-Castell (Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Faber-Castell (Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Faber-Castell (Espanhol)

Processo produtivo. Produção de minas de grafite. Viarco.Acesso em 08.12.2009:
A Viarco, única empresa produtora de lápis em Portugal, apresenta em seu website as principais etapas da produção desse produto. Confiram as figuras que ilustram os processos de fabricação.
http://www.viarco.pt/ (Wesite geral)
http://www.viarco.pt/pt/ (Website alternativo)
http://www.viarco.pt/pt/espacojuvenil/lapismagico.php (Espaço juvenil)
http://www.viarco.pt/pt/espacojuvenil/processoprodutivo.php (Processo produtivo - extremamente educativo)


O ciclo de fabricação de um lápis.
YouTube. Faber-Castell. Acesso em 29.11.2009:
A Faber-Castell disponibilizou vídeo no Youtube referente ao ciclo de produção fabril de lápis. Observem e conheçam detalhes desse interessante produto da madeira do Pinus:
http://www.youtube.com/watch?v=xh_yEkDcLKU

Infovídeo - Lápis. Discovery Channel vídeo. Acesso em 08.12.2009:
O website da Discovery Chanel apresenta um vídeo que divulga algumas das principais curiosidades referentes aos lápis. Vídeo no idioma Português.
http://www.discoverybrasil.com/experiencia/contenidos/lapis/

Como é possível o lápis. YouTube. Discovery Channel. Acesso em 08.12.2009:
O website global de vídeos YouTube apresenta uma coleção de vídeos da Discovery Channel que divulga algumas curiosidades sobre os lápis. Isso engloba diversas fases da produção e sobre a utilização desse produto. Vídeos no idioma Português.
http://www.youtube.com/watch?v=UU1jWqxVcks (Parte 01)
http://www.youtube.com/watch?v=ADSFxVFLcuo&NR=1 (Parte 02)
http://www.youtube.com/watch?v=0mY0JkszYns&feature=related (Parte 03)
http://www.youtube.com/watch?v=_2pfmUqXqDw&feature=related (Parte 04)

Caixeta. Madeireiro. Acesso em 29.12.2009:
A webpage Madeireiro possui breve descrição da madeira de Tabebuia cassinoides, incluindo-se suas principais utilizações. Observem:
http://www.madeireiro.com.br/caixeta.htm


Artigos técnico-científicos e notícias:

Historia del lapiz. Taringa!. Acesso em 19.12.2009:
http://www.taringa.net/posts/info/3356526/¿queres-
hacer-tu-lapiz-¿como-se-invento_-tu-post.html


Avaliação de re-certificação do manejo das plantações florestais da A.W. Faber-Castell S.A. em Prata e Uberlândia no estado de Minas Gerais, Brasil. SCS. Certificação Florestal FSC. 94 pp. (2008)
http://www.scscertified.com/nrc/certificates/forest_fabercastell_port.pdf

Cedro australiano. Sementes Camargo. 08 pp. (2008)
http://www.sementescamargo.com.br/index.php?
view=article&catid=29%3Athe-cms&id=24%3Acedro-australiano&
format=pdf&option=com_content&Itemid=38


Pruebas de rendimiento para obtener tablitas de melina (Gmelina arborea L. Roxb.). E.G. Brenes; J.R.S. Montero. Kuru Revista Forestal 3(7). 14 pp. (2006)
http://www.tec.cr/sitios/Docencia/forestal/Revista_Kuru/
anteriores/anterior7/pdf/Articulo%201.pdf


Problemas e oportunidades para a indústria de processamento primário da caixeta – Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. A. M. Nolasco; V. M. Viana. Circular Técnica IPEF 202: 01-13. (2004)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr202.pdf

Programa escolar divulga o ciclo de produção de lápis e dá lição de ecologia. X-Press. Equipe EcoViagem. (2003)
http://ecoviagem.uol.com.br/noticias/ambiente/programa-escolar-
divulga-o-ciclo-de-producao-de-lapis-e-da-licao-de-ecologia-2791.asp


Análise quantitativa e qualitativa do crescimento de caixeta - Tabebuia cassinoides (LAM.) DC. - em florestas manejadas, no município de Iguape/SP. R. Bernhardt. Dissertação de Mestrado. ESALQ. 75 pp. (2003)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-17122003-101414/

Avaliação da qualidade de placas de madeira através de um sistema de interferência nebuloso baseado em redes adaptativas. C.A. França. Tese de Doutorado. USP Universidade de São Paulo. 147 pp. (1999)
http://iris.sel.eesc.usp.br/lavi/pdf/Celso_dout.pdf

Produção de lápis. C. Foelkel. Pergunte ao Euca Expert. (s/d)
http://www.eucalyptus.com.br/eucaexpert/Pergunta%20408.doc (Parte 01)
http://www.eucalyptus.com.br/eucaexpert/Pergunta%20409.doc (Parte 02)

Processo diminui desperdício das tiras de madeira utilizadas na fabricação. Nova tecnologia na fabricação de lápis. C. Tervydis. USP Inovação (s/d)
http://www.inovacao.usp.br/images/pdf/Lapis.pdf

Como é feito o lápis? M. Motomura. Mundo Estranho. (s/d)
http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/pergunta_287854.shtml

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