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Editorial

Caros amigos interessados pelos Pinus,

Estamos lhes trazendo a 21ª Edição da nossa PinusLetter. Mais uma vez, estamos nos esforçando para lhes trazer temas relevantes e assuntos interessantes e atuais para leitura. Nessa edição, continuamos a dar ênfase aos produtos oriundos dos Pinus e de outras coníferas, bem como à preservação de nossos recursos naturais e à sustentabilidade das plantações florestais. Também nessa edição, continuamos a dar destaque a pessoas que trazem, com seus trabalhos, esforços e talentos, contribuições muito relevantes na agregação de conhecimentos sobre os Pinus. Esperamos que os temas escolhidos sejam de seu interesse e agrado.

A seção "As Coníferas Ibero-Americanas" traz como destaque algumas das principais características de "Pinus ponderosa", uma espécie nativa do oeste norte americano; porém sendo hoje bastante cultivada nas Patagônias argentina e chilena, apresentando diversos estudos para avaliar e promover melhorias em seu potencial produtivo nessas regiões. Observem algumas das principais características morfológicas da árvore, sua abrangência, informações sobre as sub-espécies e alguns dos resultados de pesquisa com a espécie naquele fantástico ecossistema da Natureza.

Conforme lhes mencionamos na edição anterior, estamos abordando mais conteúdos sobre “Papelão Ondulado”, desta vez referentes às formas de fabricação do papelão e acabamentos de suas embalagens, assim como o que deve ser feito durante essas etapas para se evitar ou reduzir perdas e desperdícios.

"Entomopatógenos no controle às formigas cortadeiras no Pinus" faz parte dessa edição do nosso informativo. Confiram o que são entomopatógenos, quais as principais vantagens do uso de bio-controladores, dificuldades, algumas perspectivas para o futuro no combate a essas importantes pragas dos pinheiros, entre outros.

Na seção "Referências Técnicas da Literatura Virtual" voltamos a destacar "Grandes Autores dos Pinus". O pesquisador homenageado nessa edição é o Dr. Antonio Rioyei Higa. Atualmente professor da Universidade Federal do Paraná, Dr. Higa já contribuiu muito e continua contribuindo com a geração de tecnologias e novos conhecimentos sobre esse gênero através de inúmeras publicações, orientações acadêmicas e palestras envolvendo principalmente o melhoramento florestal.

Estaremos alternando a seção "Referências de Eventos e de Cursos" com a introdução da nova seção "Pragas e Doenças dos Pinus", onde passaremos a abordar assuntos sobre fitossanidade florestal. Nessa PinusLetter 21, iniciamos com o pulgão-do-Pinus. Conheçam sobre aspectos da biologia, disseminação, danos e sintomas que podem provocar principalmente em plantações jovens e viveiros. Confiram também algumas das principais formas de controle de Cinara pinivora e C. atlantica, as espécies de pulgões que são consideradas pragas de pinheiros no Brasil.

Visitem ainda os "Pinus-Links", que trazem boas oportunidades para aprender mais sobre os Pinus, consultando os websites da internet referenciados. Devido à elevada quantidade de informações disponíveis na web, os Pinus-Links dessa edição continuam abordando os websites de algumas empresas brasileiras produtoras de papelão ondulado e de suas embalagens. Com isso, lhes oferecemos mais um pouco de conhecimentos sobre a fabricação e o mercado do papelão ondulado e vocês ainda podem encontrar figuras, artigos e outras informações sobre esse importante produto originado das fibras dos Pinus.

Através do "Mini-artigo técnico" dessa edição, trazemos informações sobre "Propriedades Mecânicas da Madeira do Pinus". Aprendam alguns dos principais testes que são realizados sobre resistência da madeira de diversas espécies do gênero e como isso pode ser utilizado para a otimização de suas diversas funções, reduzindo desperdícios e otimizando performances no uso dessas madeiras.

Aos Patrocinadores e aos Apoiadores, apresentamos o nosso agradecimento pela oportunidade, incentivo e ajuda para que possamos levar ao público alvo, que cada vez é maior, muito conhecimento a respeito dessas árvores fantásticas que são as dos Pinus e também as de outras coníferas comercialmente e ecologicamente importantes para nossa sociedade.

Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização das várias qualidades do gênero Pinus para as plantações florestais no Brasil, América Latina e península Ibérica, levando sempre mais conhecimento também sobre os produtos derivados dos Pinus para a sociedade e sobre a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade.

Agradecemos em especial nossos dois Patrocinadores:

ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)

KSH - CRA Engenharia Ltda (http://www.ksh.ca/en/)

e a todos os muitos Apoiadores da PinusLetter, que voluntariamente colaboram para que esse informativo possa chegar a vocês mensalmente ao longo desse ano de 2009:
http://www.celso-foelkel.com.br/pinusletter_apoio.html

Um forte abraço e muito obrigado a todos vocês.

Ester Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html

Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html

Nessa Edição

As Coníferas Ibero-Americanas: Pinus ponderosa

Papelão Ondulado. Parte 2: Fabricação do Papelão e Acabamento de Embalagens

Referências Técnicas da Literatura Virtual - Grandes Autores sobre os Pinus - Dr. Antonio Rioyei Higa

Nova seção - Pragas e Doenças dos Pinus - Pulgão-do-Pinus ou Pulgão-Gigante-do-Pinus

Pinus-Links

Entomopatógenos no Controle de Formigas Cortadeiras, Importantes Pragas dos Pinus

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel
Propriedades Mecânicas da Madeira do Pinus

As Coníferas Ibero-Americanas

Pinus ponderosa

Pinus ponderosa é um pinheiro nativo da região montanhosa do Oeste da América do Norte. Foi primeiramente descrito por David Douglas no ano de 1826 e é comumente conhecido nos EUA como “bull pine”, “western yellow pine”, dentre outros nomes. Atualmente, divide-se a espécie em quatro subespécies que apresentam características botânicas distintas entre si, principalmente devido às adaptações ambientais que sofreram ao longo da cadeia evolutiva. Tais diferenças já causaram controvérsias na comunidade botânica, havendo alguns estudiosos que até hoje classificam P. ponderosa em diferentes espécies, raças ou eco-tipos. Porém, nos dias de hoje, o mais aceito, apesar de ainda pouco publicado, é a divisão por subespécies. Segundo Wikipédia (2009) e Gymnosperm Database (2009), essas subespécies são as seguintes:

Pinus ponderosa subsp. ponderosa: presente desde os estados de British Columbia/Canadá; Washington, Oregon, Arizona, Nevada, Idaho e oeste de Montana nos Estados Unidos. Desenvolve-se em climas frios com verões chuvosos, podendo suportar temperaturas negativas por bastante tempo.

Pinus ponderosa subsp. scopulorum: encontrado no leste de Montana, Dakota do Norte e do Sul, Wyoming, Nebraska, Colorado, Utah e Nevada, EUA. Prefere temperaturas mais amenas a quentes e se desenvolve bem em verões secos, além de suportar invernos muito frios.

Pinus ponderosa subsp. brachyptera:
sua disseminação natural abrange a região sul do Colorado e Utah, o norte e centro do Novo México, o Arizona e grande parte do oeste do Texas, EUA. Necessita de clima quente e invernos amenos para desenvolvimento adequado.

Pinus ponderosa
subsp. benthamiana: encontrado nos estados norte-americanos de Washington, Oregon, Califórnia e na região oeste de Nevada. Aprecia climas quentes com verões secos e invernos amenos e chuvosos.

Pela sua abrangência, esse pinheiro é considerado um dos mais comuns da região oeste dos Estados Unidos, sendo a árvore símbolo de Montana.

Como características morfológicas gerais, P. ponderosa tem de 18 a 40 m de altura e 80 a 120 cm de diâmetro, quando adulto. Sua copa é bastante vigorosa e de formato cônico a arredondado. A casca é bastante característica, diferenciando o pinheiro de outras espécies por apresentar cor amarela ao vermelho amarronzado e fissuras bastante irregulares e típicas. Suas acículas variam de dois a cinco por fascículo, sendo eretas e podendo persistir por até 7 anos na planta; têm coloração amarela esverdeada e 7 a 25 cm de comprimento por 1,2 a 2 mm de espessura. Os cones masculinos são de formato cilíndrico, podendo chegar aos 3,5 cm de comprimento, e apresentam cor amarela ou vermelha. Já o cone feminino matura a cada dois anos, possuindo formato cônico e medindo 10 a 15 cm de comprimento no momento da liberação das sementes. Estas são aladas, castanhas a amareladas, de formato ovóide elíptico e apresentam corpo com comprimento médio de 3 mm (Gymnosperm Database, 2009).

Segundo os mesmos autores (Gymnosperm Database, 2009), essa espécie é considerada um dos melhores exemplos de adaptação do gênero Pinus. Isso porque o acúmulo elevado de serrapilheira no seu manto florestal torna o ambiente propício a freqüentes incêndios florestais, aos quais P. ponderosa resiste por possuir densa e espessa casca, sendo inclusive beneficiado pela diminuição da competição com outras árvores nativas sensíveis ao calor. As sementes desse pinheiro também não são afetadas de forma negativa pelo fogo, podendo inclusive haver a quebra da dormência, o que favorece a regeneração.

P. ponderosa possui madeira de elevada qualidade, sendo uma das árvores mais plantadas em sua região de origem. Como exótica, há plantações nas Patagônias argentina e chilena, onde a árvore parece ter-se adaptado bem às condições climáticas se desenvolvendo com vigor e quase não apresentado problemas fitossanitários. Atualmente, há mais de 60 mil hectares cultivados com a espécie nos Andes argentinos, havendo potencial de aumento dessas áreas. Já na Patagônia chilena, relatam-se algo como 40.000 hectares de plantações. Isso se explica pois P. ponderosa possui vantagens competitivas frente a outras espécies nativas ou exóticas: taxas de desenvolvimento razoáveis para uma região de inverno rigoroso, alto poder germinativo das sementes e baixos índices de mortalidade de mudas, mercado da madeira promissor e já conhecido inclusive internacionalmente e condições ambientais similares às da costa do Pacífico, onde P. ponderosa é endêmico (Gonda et al. 2009). Uma outra vantagem sendo buscada com as plantações nas regiões patagônicas é a proteção do solo, em locais de altas taxas de erosão, causadas pelo uso inadequado do solo com pastagens para criação de ovelhas e gado. Nessas regiões, a espécie é muito sensível à densidade populacional, merecendo por isso estudos para se aclarar o tipo de manejo mais adequado, inclusive as operações de podas e desbastes mais corretas. Por outro lado, a incidência de pragas e doenças tem sido mínima, sendo a sanidade dos povoamentos algo excepcional.

Devido a todas as qualidades que essa espécie de pinheiro vem apresentando, muito estudos estão sendo realizados para melhorar ainda mais o potencial da árvore, comparando o seu desenvolvimento com o de sua região de origem e com outros sítios de cultivo já existentes no mundo. Confiram a seguir alguns exemplos de trabalhos realizados na Patagônia argentina com P. ponderosa.

Gonda et al. (2009) estudaram os efeitos da densidade populacional no desenvolvimento de duas plantações de idades diferentes de P. ponderosa. Uma em Abra Ancha e a outra nas proximidades do lago Meliquina na Patagônia argentina. Ambas as regiões mostraram-se aptas ao desenvolvimento de P. ponderosa. Nos sítios de media densidade, houve um crescimento médio de mais de 20 m3. ha-1, com acréscimos de diâmetro de 1 cm/ano. Os resultados de crescimento inclusive superaram alguns obtidos em regiões endêmicas da espécie, mostrando o potencial para seu cultivo na Patagônia.

Gonda et al. (2007) estudaram a influência do desbaste aos 10 anos de idade em uma população de P. ponderosa avaliada aos 20 anos. Houve crescimento de até 35 m³/ha.ano e as árvores provenientes da parcela de densidade populacional baixa obtiveram aumento anual de diâmetro de 1,6 cm, sendo que as de densidade média apresentaram aumento em diâmetro de 1,1 cm, também considerado um bom desenvolvimento pelos autores.

Assim, essa espécie de pinheiro proporciona não apenas vantagens econômicas com a venda de sua madeira, mas também pode inclusive trazer algumas vantagens ambientais, como seqüestro de carbono, ajuda na recuperação de áreas degradadas, diminuição do corte de florestas nativas, dentre outras. Caso bem manejado na região da Patagônia, pode-se converter em excelente fonte de suprimento de madeira regional, em substituição às já escassas fontes de matas naturais na região (Gonda et al., 2009). É por isso que estudos devem continuar sendo incentivados, ajudando a obter condições ideais para alcançar todo o potencial genético da árvore na região.

Confiram a seguir algumas das principais características de P. ponderosa nas bibliografias disponíveis. Há aspectos biológicos, morfológicos, região de abrangência, ecologia e distribuição, além de alguns artigos científicos que trazem resultados do desenvolvimento da espécie em algumas regiões, como as Patagônias argentina e chilena.

Ponderosa pine. Wikipédia. Acesso em 25.10.2009:
A enciclopédia virtual Wikipédia possui descrição taxonômica e morfológica de Pinus ponderosa. Além disso, há outras informações sobre as principais diferenças entre suas variedades, locais de abrangência e usos. Confiram nos idiomas inglês, espanhol e português.
http://es.wikipedia.org/wiki/Pinus_ponderosa (Espanhol)
http://en.wikipedia.org/wiki/Ponderosa_Pine (Inglês)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus_ponderosa (Português)

Ponderosa pine. Gymnosperm Database. Acesso em 25.10.2009:
O website especializado em coníferas possui descrição em inglês bastante detalhada do Pinus ponderosa. Apresenta ainda suas características morfológicas, nomes comuns, utilidades, disseminação geográfica, dentre outras curiosidades.
http://www.conifers.org/pi/pin/ponderosa.htm


Artigos técnicos e científicos sobre Pinus ponderosa:

Growth of ponderosa pine in the northern Patagonian Andes, Argentina. H.E. Gonda; G.O. Cortés; J.O. Bava; G. Loguercio. XIII World Forestry Congress. FAO - Food and Agriculture Organization. 11 pp. (2009)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo
%2014_Pinus%20ponderosa_Gonda%20et%20al.pdf


Growth of ponderosa pine in the northern Patagonian Andes, Argentina. H.E. Gonda; G.O. Cortés; J.O. Bava; G. Loguercio. XIII World Forestry Congress. FAO - Food and Agriculture Organization. Apresentação em PowerPoint: 16 slides. (2009)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%
2015_Pinus%20ponderosa_Gonda%20et%20al.pdf


Susceptibility of ponderosa pine, Pinus ponderosa (Dougl. ex Laws.), to mountain pine beetle, Dendroctonus ponderosae Hopkins, attack in uneven-aged stands in the Black Hills of South Dakota and Wyoming USA. J. F. Negron; K. Allen; B. Cook; J. R. Withrow Jr. Forest Ecology and Management 254: 327–334. (2008)
http://www.fs.fed.us/rm/pubs_other/rmrs_2008_negron_j001.pdf

Ponderosa pine. Plant Guide. USDA. 04 pp. (2004)
http://plants.usda.gov/plantguide/pdf/pg_pipo.pdf

Survival of ponderosa pine (Pinus ponderosa Dougl. ex Laws.) seedlings outplanted with Rhizopogon mycorrhizae inoculated with spores at the nursery. D. Steinfeld; M. P. Amaranthus; E. Cazares. Journal of Arboriculture 29(4): 197-208. (2003)
http://www.treelink.org/joa/2003/july/02Steinfeld.pdf

Mejoramiento genético en pino ponderosa y pino oregón. V. Mondino; A. Martinéz Meyei; L. Gallo. Patagonia Forestal 9(1): 6-8. (2003)
http://www.ciefap.org.ar/patagoniaforestal/2003-1/genetico.pdf

Efecto del Pinus ponderosa Dougl. sobre la reacción del suelo en el Sudoeste del Neuquén, Argentina. B. Broquen; F. Candan; G. Falbo; J.L. Girardin; A. Apcarian. Bosque 23(1): 47-59. (2002)
http://mingaonline.uach.cl/pdf/bosque/v23n1/art05.pdf

La silvicultura en Patagonia Andina. Con o contra la naturaleza?
Patagonia Forestal. (2002)
http://www.ciefap.org.ar/patagoniaforestal/2002-1/silvicultura.htm

Rentabilidad de la forestación con pino ponderosa [Pinus ponderosa (Dougl.) Laws] en el noroeste de la Patagonia, Argentina. P. Laclau; L. M. Pozo; G. Huerta; E. Andenmatten; F. Letourneau. Bosque 23(1): 21-35. (2002)
http://mingaonline.uach.cl/pdf/bosque/v23n1/art03.pdf

El largo de las acículas como indicador de la calidad de sitio en plantaciones de pino ponderosa en Neuquén. H. E. Gonda; M. A. McAndrews; G. O. Cortés. CIEFAP - Patagonia Forestal 8(1): 7-10. (2002)
http://www.ciefap.org.ar/documentos/fichas/FTA8N1_El_largo_de_las_aciculas.pdf

Manejo de pino ponderosa. Modelo preliminar para plantaciones en sitios de calidad media en la Patagonia andina. H. Gonda. CIEFAP - Patagonia Forestal 7(3): 6-10. (2001)
http://ciefap.org.ar/documentos/fichas/FTA7N3_Manejo_de_Pino_Ponderosa.pdf

Pino ponderosa [Pinus ponderosa (Dougl.) Laws]. Tabla de volumen estándar de aplicación en la región Andina de Río Negro y Chubut. E. Andenmatten; F. Letourneau. Comunicación Técnica INTA nº 17. 08 pp. (2000)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/forestal/silvicul/ct17.pdf

Caracterización preliminar tecnológica de Pinus ponderosa (Dougl.) creciendo en Chile.
A. Javanovski; H. Poblete; M. Torres; A. Fernandez. Bosque 19(2): 71-76. (1998)
http://mingaonline.uach.cl/pdf/bosque/v19n2/art08.pdf

Curvas de índice de sitio para Pinus ponderosa (Dougl. ex. Laws) de aplicación en la región Andino Patagónica de Chubut y Río Negro, Argentina. E. Andenmatten; F. Letourneau. Bosque 18(2): 13-18. (1997)
http://mingaonline.uach.cl/pdf/bosque/v18n2/art02.pdf

Imagens e fotos de Pinus ponderosa:
Google imagens:
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=pinus+ponderosa&rlz=
1I7RNTN_pt-BR&um=1&ie=UTF8&ei=r5PlSqWwIZCsuAeg6vXrBw&sa=
X&oi=image_result_group&ct=title&resnum=1&ved=0CBYQsAQwAA
(Pinus ponderosa)

Google Picasa:
http://picasaweb.google.com/lh/view?q=%22pinus+ponderosa%22&psc=G&filter=1#

INTA Argentina:
http://www.inta.gov.ar/bariloche/investiga/genetica_f/link1f5.htm

Flickr imagens:
http://www.flickr.com/photos/79666107@N00/2968795025/ (Árvore majestosa)
http://www.flickr.com/photos/library_of_congress/2179119460/in/photostream/ (Bosque majestoso)
http://www.flickr.com/photos/kotobuki711/4107668695/ (Neve en Pinus ponderosa)
http://www.flickr.com/photos/12150532@N04/4096909605/ (Casca de Pinus ponderosa)
http://www.flickr.com/photos/library_of_congress/2178329189/ (Toras de Pinus ponderosa)

Papelão Ondulado

Parte 2 - Fabricação do Papelão e Acabamento de Embalagens

Uma das principais utilizações do papelão ondulado é a fabricação dos mais variados tipos de embalagens. Essas estão cada vez mais sofisticadas, tornando o produto atrativo aos olhos do consumidor, além de desempenhar sua principal função: proteção ao produto. O papelão ondulado possui essa propriedade de proteção ao produto embalado, principalmente pela disposição de suas camadas (miolo corrugado + capas). Esse desenho faz com que os impactos mecânicos sejam melhor absorvidos, ajudando ainda a diminuir a oscilação térmica dentro das embalagens pela presença de ar junto ao miolo (FEFCO, 2009; Razzolini, 1994). O papelão ondulado, desde o início de seu uso, sempre foi produzido por onduladeiras. Essas máquinas, no passado bastante artesanais, hoje apresentam tecnologias cada vez mais avançadas, que tornam a linha de produção mais veloz, eficaz e com menos perdas por não-conformidades. De acordo com Kuwait Boxes (2009) e Wikipédia (2009) há duas etapas de confecção do papelão ondulado: a primeira é a fabricação técnica do papelão ondulado propriamente dito e a segunda é a etapa da conversão das chapas/bobinas e posterior transformação na embalagem desejada (impressa ou não).

Produção do papelão ondulado

A principal matéria-prima para o papelão ondulado são as folhas de papel: papéis de fibras longas provenientes da reciclagem ou de fibras longas virgens oriundas da celulose kraft de plantações de Pinus. São dois os tipos de papéis usados: o papel capa e o papel miolo. O papel capa pode ser produzido tanto de fibras virgens como de fibras recicladas. Quando a capa é fabricada com grande proporção de fibras kraft virgens, essa capa tem um nome especial: "kraftliner". Se é fabricada principalmente com fibras recicladas, chama-se "testliner". Certamente, o papel kraftliner é extremamente importante na fabricação do ondulado. Isso porque ele é exatamente a fonte de entrada de fibras virgens no processo. Apesar da reciclagem para o papelão ondulado ser altíssima (cerca de 75%), ainda assim se fazem necessários aportes de fibras virgens mais resistentes para agregar qualidade e compensar as perdas. Essas fibras entram através do kraftliner. Já o papel testliner é fabricado quase que exclusivamente com fibras recicladas, mas que são cuidadosamente processadas, até mesmo fracionadas, para conferirem melhor qualidade às capas. Existem papéis testliner de excelente qualidade no mercado. Tanto no kraftliner, como no testliner, a predominância é para fibras longas de Pinus, mas existem também percentagens significativas de fibras curtas de celulose kraft de eucaliptos. Já o papel miolo ("fluting"), com o qual se produz a onda, é invariavelmente produzido de papel reciclado, contendo fibras longas e curtas misturadas.

Existem diferentes e variadas gramaturas para esses três tipos de papéis. Elas variam entre 70 a 150 g/m² para o papel miolo e entre 100 a 250 g/m² para os papéis tipo "liner". Entretanto, para embalagens especiais essas gramaturas podem ser substancialmente maiores. Há papéis "liner" com gramaturas acima de 300 g/m². Através da adequada combinação de capas e miolos com distintas e especificadas gramaturas é que se fabricam os papelões ondulados. Também os papelões podem ser fabricados em diferentes tipos, contendo diversas paredes, como vimos na edição anterior da PinusLetter (http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_20.html#dois )

O equipamento chave para a produção do ondulado é exatamente a onduladeira, definida como um conjunto de máquinas em linha que fabrica o papelão ondulado através de processo contínuo. Existem vários tipos de onduladeiras, que variam de acordo com o tipo de papelão que se quer produzir. Inicialmente, folhas de papel na umidade especificada e aquecidas alimentam rolos corrugados para formar o miolo de aspecto ondulado. Esses rolos lembram engrenagens tipo macho-fêmea, por onde passa a folha de papel miolo para ser ondulada. Após, adesivos são adicionados às pontas das ondas para colar essa folha ondulada com uma capa já pré-formada. Depois, o papelão segue para secadores para remoção do excesso de umidade das folhas e da cola através de fontes de calor localizadas na parte inferior da máquina, enquanto pressão é exercida ao produto já basicamente formado na parte superior, gerando um papelão de face simples ou dupla. A face simples é obtida quando se cola uma capa a um miolo ondulado. A face dupla, quando se colam duas capas, uma de cada lado do papel miolo ondulado. (Wikipédia, 2009;Thayer e Thomas, 1973). Quanto mais faces e quantidades de paredes, mais complexa é a onduladeira, necessitando de mais espaço e tecnologia, também para evitar desperdícios e não-conformidades comuns como os empenamentos (Kuwait Boxes, 2009). Outro defeito comum em papelões ondulados é a “listra”, ou desnível das chapas lisas que se deformam dando aspecto de "tanquinho" à superfície.

Para que os leitores possam visualizar melhor o que acabamos de explicar, sugerimos que visitem os seguintes endereços na web:

• Constituição do papelão ondulado em paredes de folhas:
http://www.abpo.org.br/infor_tec_po.php

• Processo de corrugação e colagem das capas:
http://valpasa.com.br/website/pt/index.php?abrir=processo_produtivo_papel_
ondulado&id_animacao=topo_processo_produtivo_papel_ondulado.swf&PHPSESSID=snlwsbeh


• Animação acerca da fabricação do papelão ondulado:
http://valpasa.com.br/website/pt/arquivos_popup/fabricacao_papel_ondulado/index.php

O processo de corrugação e de montagem do papelão é simples, mas requer muitos ajustes e precisão nas calibrações de todas as etapas do processo. Hoje, as embalagens são cada vez mais demandadas em sua qualidade e especificações. Essas implicam em oferecer produtos que tenham atratividade, mas cumpram sua função de proteção. Além disso, há constantes pressões dos compradores para redução dos pesos das embalagens. Essas pressões têm forçado a constantes inovações para que as caixas de papelão possam ser fabricadas com papéis capa e miolo de menores gramaturas, mantendo qualidades de resistências e performances compatíveis e adequadas no papelão.

O grande sucesso desse desenho do papelão ondulado é o fato que as fibras celulósicas dos papéis capa e miolo são orientadas na direção da máquina de fabricar papel (o que significa na direção do comprimento da folha de papel enrolada na bobina). Já as ondas são feitas exatamente perpendiculares à direção das fibras do papel. Isso permite que o papelão desenvolva resistências à compressão e à flexão extremamente interessantes em suas principais direções. Uma engenharia notável, que lembra muito um projeto estrutural de materiais para atingimento de altas resistências.

As onduladeiras também podem produzir ondas de tamanho variado, as quais são classificadas conforme normalização. Nos Estados Unidos, os corrugados de tamanhos mais comuns são: A, B, C, E e F (ou microondulado). Tais letras indicam também a ordem em que as ondas foram criadas e não apenas suas dimensões. Naquele país, o papelão ondulado mais utilizado é o tipo C (Wikipédia, 2009). No Brasil, as ondas mais comuns são B (onda baixa), que contem espessura média de 3 mm; e onda C, com espessura de 4 mm (Ultra Embalagens, 2009).

De acordo com Wikipédia (2009), um dos principais problemas da produção de corrugados são as perdas (refugos, paradas e fora de padrões), as quais podem inclusive aumentar significativamente o custo do produto final. Logo, segundo Wikipédia (2009) e Savastano (2000), uma das formas de evitá-las é através de um bom planejamento da produção, valendo-se de matérias-primas de boa qualidade com fibras de tamanho uniforme, aumentando-se o desempenho das onduladeiras e evitando a fabricação de corrugados fora dos padrões exigidos pelo mercado.


Conversão do papelão a embalagem


É a etapa em que o papelão ondulado em prancha ou bobina se transforma em embalagem pronta. Já existem plantas em que a onduladeira consegue realizar todo esse processo (plantas integradas). Existem ainda as linhas de produção transformadoras que colam, dobram, cortam e imprimem nos papelões ondulados, formando normalmente caixas e bandejas como produto final, obedecendo às necessidades e exigências do consumidor. As chapas de papelão ondulado são adequadamente empilhadas e conduzidas de forma mecânica ou manual para as transformadoras. Um exemplo de máquina é a “Flexo Folder Gluer” que transforma chapas planas de papelão ondulado em caixas. Algumas têm a velocidade de converter 26.000 pranchas em caixas no período de 1 hora (433 unidades/min.) (Wikipédia, 2009).

A conversão apresenta algumas etapas principais, as quais, segundo Kuwait Boxes (2009), Wikipédia (2009) e ABFLEXO/FTA Brasil (2007) são:

• Projeto da embalagem:
Visa dar condições para se atender às demandas do cliente, com mínimas perdas de papelão, máxima produtividade e maior atendimento das especificações.

• Impressão na prancha:
Atualmente, a forma mais utilizada de impressão no papelão ondulado é através da flexografia, onde clichês de fotopolímeros depositam tintas especiais sobre a superfície do papelão. Existem várias impressoras sofisticadas que apresentam qualidade e eficiência de serviço, como transferência de folhas a vácuo, alta precisão, memorização de imagens, sistema de secagem e limpeza de pó entre unidades, conferindo ótimo acabamento final dos desenhos gráficos ou estruturais requeridos. Vernizes também são usados na impressão flexográfica. Há outros tipos de impressão que também podem ser feitas nos papelões ondulados como a impressão digital (considerada lenta) e a impressão offset (imprime-se em outra folha que é posteriormente colada sobre o papelão ondulado) (Wikipédia, 2009).
A etapa da impressão foi uma das que mais avançou em termos tecnológicos, acompanhando as exigências do mercado e das normas. Segundo ABFLEXO/FTA Brasil (2007) há 10 anos só existiam impressoras flexográficas de duas cores. Hoje, já é comum máquinas com 6 cores ou mais, além de serem mais econômicas e causarem menores danos ao ambiente pela utilização de tintas menos agressivas à natureza. A criação do microondulado (com microndas ou ondas tipo E, F, G/N de 0,55 a 1,14 mm de altura de onda) proporcionou impressões de altíssima qualidade, sendo hoje esse produto usado como embalagem na perfumaria, para eletrodomésticos, para brinquedos, entre outros. Já existem máquinas de acabamento que são capazes de imprimir e ao mesmo tempo cortar a prancha, etapa posterior de conversão do papelão.

• Corte:
Utilizam-se máquinas capazes de cortar a folha de papelão sem ainda, no entanto, dar o formato e tamanho estandardizado como caixa (Kuwait Boxes, 2009). Existem dois tipos de cortadeiras: a plana (cortadeira plana que se insere de forma perpendicular na prancha, cortando-a com precisão) e a rotativa (cortadeira semi-circular cortando obliquamente o papelão). Há também os riscadores, capazes de formar linhas retas deprimidas no papelão, para auxiliar durante as dobras e montagem das caixas de embalagem.

• Colagem:
De acordo com o tipo de caixa que se deseja formar, a máquina insere diversos pontos de linha de manufatura com cola, posteriormente recebendo calor para permitir adesão e secagem.

• Formação das caixas:
Existem máquinas específicas para a transformação da prancha de papelão em caixas, essas são denominadas em inglês de “casemakers".

• Grampeamento:
Quando se faz necessária a inserção de grampos em caixas de grandes dimensões, reforçando assim suas estruturas para maior resistência, conforme o requerido pelo consumidor.


Perdas e desperdícios durante o acabamento também podem ser minimizados, programando adequadamente as impressoras para reduzir o desperdício de tintas e realizar a etapa de lavagem da máquina de forma mais precisa e menos demorada. Outra grande tendência para diminuir problemas com perdas e desperdícios é transformar a embalagem primária (usada para transporte), em embalagem secundária (também usada para a venda do produto), assim como evitar danos às embalagens durante processos logísticos (Savastano, 2000).

As caixas prontas devem seguir critérios de classificação e especificações normalizadas. Esses critérios, no Brasil, seguem tanto os da FEFCO (Federação Européia dos Fabricantes de Papelão Ondulado - http://www.fefco.org/?id=160), assim como a normalização brasileira emitida pelo comitê ABNT CB-23 (Comitê Brasileiro de Normalização para Embalagem e Acondicionamento da Associação Brasileira de Normas Técnicas, em consonância com as recomendações da ABPO - Associação Brasileira do Papelão Ondulado - Vejam mais detalhes acerca do comitê ABNT CB-23 em
http://www.abnt.org.br/imagens/imprensa/Editais_e_afins_Boletim/Bol_022008_Encarte_Boletim_Normalizacao.pdf
).

Através desses critérios, as embalagens são separadas em oito estilos diferentes, indo desde o grupo dois até o grupo nove. O tipo de caixa mais comum é o dito normal (grupo 2), uma única peça grampeada ou colada com fita goma com abas na parte superior e inferior, necessitando fechá-las com selagem apropriada (Wikipédia, 2009; Ultra Embalagens, 2009). Há ainda vários outros modelos como: tipo telescópio, tipo envoltório, tipo gaveta, tipo rígido, entre outros.

A seguir, disponibilizamos algumas referências bibliográficas que abordam a temática da fabricação dos papelões ondulados e as principais etapas de seu acabamento a embalagens na forma de caixas. Entretanto, não são só caixas que podem ser fabricadas com os papelões ondulados. Eles podem ser utilizados para fabricar páletes ou mesmo serem usados na forma de chapas para separação e proteção de produtos. Não deixem de conferir. Temos para vocês artigos técnicos sobre impressão flexográfica e figuras sobre as máquinas responsáveis pela transformação das pranchas planas de papelão ondulado em caixas cada vez mais sofisticadas e desejadas pelos seus inúmeros pontos positivos. Dentre esses aspectos positivos destacam-se sem dúvidas os ambientais: reciclabilidade, biodegradabilidade, produtos de origem natural renovável, baixa demanda de energia, etc., etc.)

A história do papelão ondulado. M&M Embalagens. Acesso em 28.10.2009:
Um pouco da história do papelão ondulado no Brasil e no mundo.
http://www.mmembalagens.ind.br/historia_do_papelao_ondulado.html

Corrugated fiberboard
. Wikipédia. Acesso em 28.10.2009:
Importante artigo técnico que apresenta as principais etapas, tanto de fabricação do papelão como de acabamento das embalagens. Observem as versões em inglês, espanhol e português.
http://en.wikipedia.org/wiki/Corrugated_fiberboard ("Corrugated fiberboard")
http://es.wikipedia.org/wiki/Cartonera ("Cartón ondulado")
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papel%C3%A3o (Papelão)

What is corrugated? How is it made? FEFCO. Acesso em 28.10.2009:
O website da FEFCO - Federação Européia dos Fabricantes de Papelão Ondulado possui vários textos informativos sobre a fabricação e acabamento de embalagens de papelão ondulado. Confiram.
http://www.fefco.org/fileadmin/Fefco/pdfs___words/corrugated_packaging/
How_corrugated_is_made-2.pdf
(Como é feito o papelão ondulado)
http://www.fefco.org/fileadmin/Fefco/pdfs___words/corrugated_packaging/
The_origin_of_Corrugated_2007-3.pdf
(História e origem do papelão ondulado)
http://www.fefco.org/index.php?id=306 (Brochuras diversas)
http://www.fefco.org/index.php?id=304 (Outras publicações de cunho ambiental)

Corrugated board production. Kuwait Boxes. Acesso em 28.10.2009:
Além de apresentar um fluxograma simples de uma onduladeira, o website da Kuwait Boxes possui em inglês as descrições das principais etapas de fabricação do papelão ondulado e de seus constituintes.
http://www.kuwaitboxes.com/technical.html (Descrição da produção do papelão ondulado)
http://www.kuwaitboxes.com/linerpaper.html (Papel "liner")
http://www.kuwaitboxes.com/flutingpaper.html (Papel miolo)


Flexo folder gluer. Acabamento. Marquip Ward United. Acesso em 28.10.2009:
Texto informativo sobre máquinas de acabamento de caixas de papelão ondulado. Há figuras das etapas de transformação e suas principais qualidades e performances.
http://www.marquipwardunited.com/literature/MarquipWardUnite/
FinishingandConv/FlexoFolderGluer_3425.pdf

Classificação de caixas de papelão ondulado.
Ultra Embalagens. Acesso em 28.10.2009:
O website da Ultra Embalagens apresenta dentre outros temas a classificação das embalagens de papelão ondulado e seus principais usos.
http://www.ultraembalagens.com.br/index.php?p=ori (Classificação de caixas)


Artigos técnicos e científicos sobre o papelão ondulado e sua fabricação:

Fatores que influenciam o projeto da embalagem. J. Pereira. Artigo ABPO. O Papel (Julho e Agosto). 01 + 01 pp. (2009)
http://www.abpo.org.br/artigos_tecnicos/JULHO_TECNICO.pdf (Parte 01)
http://www.abpo.org.br/artigos_tecnicos/AGOSTO_TECNICO.pdf (Parte 02)

Tipos de ondas para as estruturas do papelão ondulado. J. Pereira. O Papel (Maio). 01 pp. (2008)
http://www.abpo.org.br/artigos_tecnicos_mai08.php

Na melhor onda. Revista Inforflexo 87. ABFLEXO/FTA-BRASIL. (2007)
http://www.abpo.org.br/artigos_diversos.php#Revista

Crise de abastecimento e mudanças tecnológicas na produção de papel ondulado. M. S. M. Saes; R. Nadal; C. L. Silva. Publicações FAE. Seminários. 19 pp. (2006)
http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/IIseminario/sistemas/sistemas_06.pdf

Caixas de papelão: a embalagem das embalagens. Revista Frigorífico 120. (2005)
http://www.editorasoleil.com.br/revista/edicao_120_caixas%20de%20papelao.htm

A journey in the micro structure of flexo printed corrugated board. Astrid Odeberg Glasenapp. Examensarbete. 15 pp. (2004)
http://www.t2f.nu/t2frapp_f_122.pdf

Papelão ondulado: presente e futuro.
P.S. Peres. O Papel (Maio): 35. (2004)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%
2010_papel%E3o%20ondulado%20presente%20e%20futuro.pdf


Ondulado. Conheça a produção e os cuidados com o papelão ondulado. Cartilha ABPO - Associação Brasileira do Papelão Ondulado. 38 pp. (2003)
http://www.abpo.org.br/public_lit_cartilha.php

Microondulado: novas oportunidades para o papelão ondulado. A. L. Mourad. Informativo CETEA 14 (1). 6 pp. (2002)
http://cetea.ital.org.br/cetea/informativo/v14n1/v14n1_artigo1.pdf

Papelão ondulado: controle do processo permite bom desempenho das fibras recicladas. R.M. Savastano. O Papel (Novembro): 62-63. (2001)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2012_controle%20processo.pdf

Novas técnicas na produção de capas e miolo para fabricação de caixas de papelão ondulado. E. Gutsmuths. O Papel (Março): 95 - 101. (2001)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%
2011_produ%E7%E3o%20de%20capas%20e%20miolos.pdf


Papelão ondulado: o caminho para a redução de perdas é planejar mais. R. M. Savastano. Revista O Papel (Dezembro): 58-59. (2000)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%
2004_redu%E7%E3o%20perdas.pdf


Estudo de desempenho de papelão ondulado virgem e reciclado exposto a diferentes condições de umidade relativa. E.F.G. Ardito. Tese de Doutorado. UNICAMP. (2000)
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000200035

A máquina de papel de embalagem pós-ano 2000.
E. Brunnauer. O Papel (Outubro): 32-34. (1999)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2007_
novas%20ondas%20e%20onduladeiras.pdf


Técnicas de fabricação de papéis e cartões para embalagem. F. C. Razzolini. Curso ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. 66 pp. (1994)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2006_
fabrica%E7%E3o%20pap%E9is%20embalagem.pdf

Melhor qualidade do papel miolo para fabricação do papelão ondulado, pela aplicação de novas tecnologias. H.C. Pocovi. 20º Congresso Anual ABTCP. p. 317-326. (1987)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2009_papel%20miolo.pdf

Papel e seu papel no papelão ondulado. J. Nery. 9º Congresso Anual da ABCP. p. 215-230. (1976)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2008_
papel%20do%20papel%20no%20papel%E3o%20ondulado.pdf


Produção de papelão ondulado no "doublefacer"
. W. S. Thayer; C. E.Thomas. 6ª Convenção Anual da ABCP. p.59-69. (1973)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2005_produ%E7%
E3o%20papel%E3o%20ondulado%20doble%20facer.pdf

Referências Técnicas da Literatura Virtual

Grandes Autores sobre os Pinus -


Dr. Antonio Rioyei Higa

Nosso estimado e competente amigo Dr. Antonio Rioyei Higa é atualmente professor adjunto da Universidade Federal do Paraná, depois de uma longa passagem como pesquisador da Embrapa Florestas na área de melhoramento florestal. Em seus quase 40 anos de carreira atuando junto ao setor florestal, já contribuiu muito com a geração e difusão de conhecimento e tecnologias sobre cultivo de diversos gêneros arbóreos, inclusive de muitos pinheiros e eucaliptos. É por isso que o estamos homenageando como amigo e grande autor dos Pinus nessa edição da PinusLetter.

Formado em engenharia florestal pela Universidade de São Paulo (USP) em 1975, obteve título de mestre pela mesma instituição em 1980 e se tornou Ph.D. (Philosophiae Doctor) ao concluir o curso de doutorado em silvicultura pela Universidade Nacional da Austrália (Australian National University) em 1990. Entre os anos de 1976 até 1998 trabalhou na Embrapa Florestas, onde ocupou cargo de pesquisador, exercendo também papéis importantes na instituição como coordenador de projetos, incluindo nesses o Programa Nacional em Pesquisa Florestal (PNPF), ocupando a chefia e coordenadoria de área técnica.

Atua como membro do corpo científico da Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná, representando também as universidades diante da Comissão Técnica de Sementes e Mudas Florestais do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Em 2008, terminou seu pós-doutorado na Universidade de Freiburg na Alemanha, onde se mantêm atuante como professor convidado. Coordena ainda o programa de pós-graduação internacional (nível mestrado) na UFPR. Através do sub-programa CAPES/FIPSE UFPR/UFV/UT também possui contatos com diversas universidades do Brasil e exterior, ajudando assim na troca de conhecimentos no âmbito internacional.

Dr. Higa possui enorme experiência em melhoramento genético florestal, onde realiza pesquisas de seleção de clones e de produção de sementes de espécies florestais comerciais como as de Pinus e Eucalyptus. Também tem desenvolvido trabalhos de conservação genética do pinheiro-do-Paraná (Araucaria angustifolia).


Atualmente, também está inserido em projeto internacional junto ao CNPq que visa avaliar a sustentabilidade econômica, social e ambiental de áreas florestais através usos alternativos dos produtos e serviços dessas florestas. Tal projeto gerará oportunidades para pesquisas de estudantes de graduação e pós-graduação e inclusive poderá no futuro fornecer subsídios para a implementação de políticas públicas nas regiões de estudo.

Além de atuar, desde 1998, diretamente na formação de diversos profissionais de qualidade, tanto na graduação como na pós-graduação, possui uma grande quantidade de trabalhos publicados abordando Pinus e araucárias. Alguns desses estão disponíveis na internet, especialmente algumas teses, dissertações e monografias de seus mais recentes orientados da graduação e pós-graduação.

O currículo Lattes do Dr. Antonio Rioyei Higa merece ser visitado para se encontrar mais informações sobre todas as linhas de pesquisa com as quais se envolve:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4786893T8

A seguir, disponibilizamos uma seleção de diversos artigos, resumos, palestras, teses e dissertações em que esse renomado pesquisador e professor dos Pinus colaborou para a realização:


Desempenho da co-krigagem integrada com estatística multivariada e geoprocessamento, na definição de unidades de manejo florestal. I. A. Bognola; C. Lingnau; O. J. Lavoranti; L. Stolle; A. R. Higa; E. B. Oliveira. Anais XIV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. INPE: 3591-3596. (2009)
http://marte.dpi.inpe.br/col/dpi.inpe.br/sbsr@80/2008/10.18.02.02/doc/3591-3596.pdf

Influência do ambientalismo na política florestal produtiva: uma percepção dos atores sociais da cadeia produtiva da madeira do Paraná. J. T. Fialho; A. R. Higa; A. J. Santos; J. R. Malinovski. Floresta 39 (3): 577-595. (2009)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/view/15357/10316

Perspectivas do melhoramento genético de Pinus e eucalipto. A. R. Higa; L. Duque Silva. Revista Opiniões. (Dez.2008/Fev. 2009)
http://www.revistaopinioes.com.br/cp/materia.php?id=514

Efeitos de métodos de produção de mudas e equipes de plantadores na arquitetura do sistema radicular e no crescimento de Pinus taeda Linnaeus. V. Constantino. Orientação: A. R. Higa. Dissertação de Mestrado. UFPR. 146 pp. (2009)
http://dspace.c3sl.ufpr.br:8080/dspace/bitstream/1884/20289/1/tese%20completa.pdf

Efeitos do ácido indolbutírico (AIB) e da coleta de brotações em diferentes estações do ano no enraizamento de miniestacas de Pinus taeda L. G. B. Alcântara; L. L. F. Ribas; A. R. Higa; K. C. Z. Ribas. Scientia Forestalis 36 (78): 151-156. (2008)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr78/cap07.pdf

Situação atual e perspectivas do melhoramento genético de Pinus e eucaliptos no Brasil. A. Higa; L. Duque Silva. Apresentação em PowerPoint: 30 slides. Encontro Brasileiro de Silvicultura. IPEF. (2008)
http://www.ipef.br/eventos/2008/ebs2008/11-higa.pdf

RESUMO: Teste de viabilidade de pólen de famílias selecionadas de Pinus caribea var. hondurensis. F. Marchiori; A. R. Higa; L. Duque Silva. In: 16º EVINCI. p. 315-315. (2008)
http://www.prppg.ufpr.br/documentos/iniciacao/
16evinci/livro%20resumos/agrarias.pdf

RESUMO: Avaliação da influência do local de plantio (canaletão, vasos e campo) no desenvolvimento inicial de progênies de Pinus radiata. L.T.S. Barros; A. R. Higa; P. R. C. Basilio. In: 16º EVINCI. p. 320-320. (2008)
http://www.prppg.ufpr.br/documentos/iniciacao/
16evinci/livro%20resumos/agrarias.pdf

RESUMO: Tansferibilidade de primeiros microssatélites de Pinus taeda para Pinus radiata. T.C. Vagaes; A. R. Higa; J. V. M. Bittencourt; A. Partala; N. S. Munhoz. In: 16º EVINCI. p. 328-328. (2008)
http://www.prppg.ufpr.br/documentos/iniciacao/16evinci/
livro%20resumos/agrarias.pdf

Caracterização de isolados de Sphaeropsis sapinea e avaliação da resistência em progênies de Pinus radiata. P. R. R. Correa-Basílio. Co-orientação: A. R. Higa. Dissertação de Mestrado. UFPR. 110 pp. (2008)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/15879/
1/DISSERTAÇÃO%20%2012_05_08.pdf

Efeito da cobertura de Pinus taeda L. na proteção contra geadas e no crescimento de plantas jovens de Eucalyptus dunnii Maiden. M. Dobner Junior. Orientação: A. R. Higa; R. A. Seitz. Dissertação de Mestrado. UFPR. 94 pp. (2008)
http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/defesas/pdf_ms/2008/d494_0704-M.pdf

Metodologia para esporulação e produção de culturas monospóricas de Sphaeropsis sapinea. P. R. R. C. Basílio; C. G. Auer; A. F. Santos; A. R. Higa. Pesquisa Florestal Brasileira 54: 145-147. (2007)
http://www.cnpf.embrapa.br/pfb/pfb_54/PFB54_p145-147_NC.pdf

As pequenas propriedades rurais e sua inclusão na cadeia produtiva da madeira: uma percepção dos atores florestais paranaenses. J. T. Fialho. Orientação: A. R. Higa. Tese de Doutorado. UFPR. 280 pp. (2007)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/13757/1/
TESEFLOR_Tarciso_PPRsnaCPMpercepAtoresSocPR_VFinal_121207.pdf

Efeito da idade da muda e da estação do ano no enraizamento de miniestacas de Pinus taeda L. G. B. Alcântara; L. F. R. L. Ribas; A. R. Higa; C. C. Z. Ribas; H. S. Koehler. Revista Árvore 31 (3):399-404. (2007)
http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/488/48831305.pdf

RESUMO: Análise de maturação de sementes de Pinus taeda. D. M. J. Zeni; A. R Higa; L. Duque Silva. In: 15º EVINCI. p. 37-37. (2007)
http://www.prppg.ufpr.br/documentos/iniciacao/15evinci/separados/1%20-%20agrarias.pdf

RESUMO: Multiplicação de mudas de Pinus taeda através de três diferentes métodos de produção de estacas. R. C. Ribeiro; A. R. Higa; L. Duque Silva. In: 15º EVINCI. p. 4. (2007)
http://www.prppg.ufpr.br/documentos/iniciacao/15evinci/separados/1%20-%20agrarias.pdf

RESUMO: Marcadores microssatelites (SSR) em Pinus taeda. A. O. Risch Neto; A. R. Higa; J. V. M. Bittencourt; K. C. Cancela. In: 15º EVINCI. p. 45. (2007)
http://www.prppg.ufpr.br/documentos/iniciacao/15evinci/separados/1%20-%20agrarias.pdf

Influência da família e do tamanho da semente de Pinus taeda L. nas propriedades tecnológicas do lote de sementes, performance da muda em viveiro e em campo. K. C. Cancela. Orientação: A. R. Higa. Dissertação de Mestrado. UFPR. 147 pp. (2007)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/14431/1/
Dissertacao%20Kelly%20Cancela%5B1%5D.pdf

Unidades de manejo para Pinus taeda L. no planalto norte catarinense, com base em características no meio físico. I. Bognola. Orientação: A. R. Higa. Tese de Doutorado. UFPR. 180 pp. (2007)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/13674/1/Tese_ITAMAR_Final.pdf

Minijardim clonal de Pinus taeda. G. M. P. Andrejow. Orientação: A. R. Higa. Dissertação de Mestrado. UFPR. 92 pp. (2006)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/4403/1/
Dissertao%20Gisela%20Andrejow_2006.pdf

Análise genética e seleção em testes dialélicos de Pinus taeda. A. R. Ferreira. Orientação: A. R. Higa. Tese de Doutorado. UFPR. 250 pp. (2005)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/13944/1/
Tese%20Doutorado%20-%20Arnaldo%20R%5b1%5d.%20Ferreira.pdf

RESUMO: Seleção genética de árvores de Pinus taeda L. na região de Arapoti, Paraná. L.L. Duda. Orientação: M. D. V. Resende. Participação: A. R. Higa. Dissertação de Mestrado. UFPR. (2003)
http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/defesas/d364_27082003.doc

Ciência e tecnologia no setor florestal brasileiro. Diagnóstico, prioridades e modelo de financiamento. L. C. E. Rodriguez; F. G. Silva Junior; J. L. M. Gonçalves; J. L. Stape; J. O. Brito; W. P. Lima; W. A. N. Amaral; A. R. Higa; A. R. Freitas. Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. 21 pp. (2002)
http://www.cgee.org.br/atividades/redirect.php?idProduto=1662

RESUMO: Identificação de marcador molecular associado à expressão sexual em Araucaria angustifolia Bert. O.Ktze. M. H. Murakami. Orientação: A. R. Higa. Dissertação de Mestrado. UFPR. (2002)
http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/defesas/d352_28082002.doc

RESUMO: Variação genética e métodos de melhoramento para Pinus maximinoi H. E. Moore em Telêmaco Borba (PR). I. S. N. Fier. Orientação: A. R. Higa. Dissertação de Mestrado. UFPR. (2001)
http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/defesas/d330_03092001.doc

Propagação vegetativa de Pinus por enxertia.
A. L. Mora; G. Bertoloti; A. R. Higa. Circular Técnica IPEF nº 42. 10 pp. (1978)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr042.pdf

Pragas e Doenças dos Pinus

Pulgão-do-Pinus ou Pulgão-Gigante-do-Pinus

A partir dessa edição, estaremos intercalando a seção "Referências sobre Eventos e Cursos" com uma novidade: a recém-criada seção "Pragas e Doenças dos Pinus". Essa trará alguns dos principais problemas fitossanitários dessa cultura florestal, desde o setor de viveiros até a madeira final. Com ela, pretendemos oferecer muitas informações e conhecimentos a respeito da biologia, sintomatologia, métodos de controle e pesquisas realizadas sobre insetos e moléstias de relevância para o gênero Pinus no Brasil e no mundo.

Os pulgões do Pinus das espécies Cinara pinivora e Cinara atlantica são consideradas importantes pragas da cultura, sendo endêmicas da América do Norte, mesma região de origem de grande parte das espécies de Pinus. Também chamados coloquialmente de “pulgão-gigante-do-Pinus”, ambas as espécies foram encontradas nos estados do sul do Brasil no final dos anos 90, mais precisamente em 1996 para C. pinivora e em 1998 para C. atlantica. Hoje, esta última distribui-se em plantações de Pinus presentes desde Santa Catarina até Minas Gerais, principalmente por conseguir suportar temperaturas mais elevadas.

A principal forma de reprodução desses pulgões é assexuada, chamada de partenogênese telítoca, dando origem a fêmeas vivíparas que possuem ciclo biológico bastante curto (12 dias de ninfa a adulto). Sua longevidade é de 27 dias, podendo cada fêmea gerar uma prole de 44 indivíduos. Logo, vários pulgões vão-se multiplicando e se agrupando em colônias que podem-se localizar em qualquer parte da planta, prejudicando principalmente mudas devido ao hábito alimentar fitossuccívoro (sugam a seiva). Assim, os pulgões do Pinus podem causar sintomas como: entortamento dos ponteiros, bifurcações do caule e deformações, morte do ponteiro apical, envassouramento, clorose, seca e até mesmo a morte da muda em caso de elevadas infestações (Embrapa Florestas, 2009; CIFlorestas, 2009).


Os pulgões, por se alimentarem da seiva elaborada da planta, excretam uma substância açucarada chamada de “honeydew”, substrato favorável ao desenvolvimento de fumagina
(http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/
Pinus/CultivodoPinus/07_3_formiga7_pulgoes_fumagina.htm
).

A fumagina consiste na doença devido à colonização por fungos que se alimentam das excreções dos pulgões e da seiva que exuda pelas perfurações feitas pelos insetos. Resulta disso uma cor negra nos ramos e acículas Isso pode prejudicar ainda mais a planta pela diminuição da sua fotossíntese nesses locais. No Brasil, o principal dano ocasionado pelos pulgões é a diminuição do crescimento das mudas com até três anos de idade, sendo que a mortalidade dessas pode variar de 1 a 70%, com média de 15% nos três estados mais ao sul do país. Apesar de causar mais problemas em plantas jovens, os pulgões se disseminam com facilidade podendo ser encontrados em povoamentos de todas as idades, porém, causam menos danos em árvores já adultas. Nessas, a redução da produção de sementes é um dos principais problemas, pois também atacam os estróbilos e cones diminuindo a fertilidade. C. pinivora comumente ataca Pinus de regiões mais frias de clima temperado, em especial P. elliottii e P. taeda. C. atlantica apresenta uma gama maior de hospedeiros, atacando também os pinheiros tropicais (Embrapa Florestas, 2009).


Quando adultos, os pulgões do gênero Cinara têm corpo globoso e sensível, com pernas longas, coloração escura e comprimento variando entre 2 a 5 mm. A principal diferença morfológica existente entre as duas espécies está no sifúnculo (apêndice pós-abdominal de coloração escura típico de pulgões): o de C. pinivora possui formato cônico e uma base menor que o de C. atlantica, que é achatado, possuindo aparência que lembra um “ovo frito” (Embrapa Florestas, 2009).

Os indivíduos alados são mais comuns em sítios de alta infestação, podendo se disseminar inclusive em condições ambientais adversas. Assim, os pulgões já causaram grandes prejuízos econômicos às plantações de Pinus, principalmente porque ainda não existem variedades resistentes ao ataque da praga. Isso faz com que o monitoramento com a utilização de armadilhas adesivas, bem como o acompanhamento das plantas, seja necessário nas áreas de menos de três anos. Outra importante forma de diminuição dessa praga seria a realização de manejo silvicultural que estimule e beneficie inimigos naturais e fungos entomopatogênicos, os quais auxiliariam no controle da população de pulgões pelo parasitismo e predação. Uma forma de se conseguir isso é pela manutenção da cobertura vegetal existente nas entre-linhas dos Pinus. Os principais insetos predadores associados ao pulgão dos Pinus são coccinelídeos (joaninhas), sirfídeos (moscas sirfídeas) e crisopídeos (bicho lixeiro); porém, há como introduzir parasitóides exóticos oriundos das mesmas regiões endêmicas dos pulgões como forma de incrementar ainda mais a eficiência do controle biológico (CIFlorestas, 2009).

O controle químico é indicado apenas para diminuir a população de locais altamente infestados. Segundo consulta no Agrofit (MAPA, 2009), existem dois inseticidas neonicotinóides registrados para o combate de C. atlantica para os Pinus.

Tanto C. pinivora, como C. atlantica possuem elevado potencial de danos às mudas de Pinus no Brasil, havendo inclusive riscos da praga se espalhar para outros estados brasileiros produtores de florestas de Pinus. Assim, o conhecimento da biologia da praga, suas características morfológicas e formas de controle são altamente importantes para a minimização dos seus danos. Seguem algumas bibliografias de relevância que enfocam tais premissas, além de estudos que estão sendo realizados para tornar o monitoramento e o combate a esses pulgões cada vez mais eficientes, garantindo mais lucro ao produtor e menores danos ao meio ambiente.

Pulgão. Cultivo do Pinus. Embrapa Florestas. Acesso em 22.10.2009:
O website da Embrapa Florestas possui vasta informação técnica a respeito das principais espécies pragas de pulgões dos Pinus. Há informações sobre morfologia, danos e as principais formas de controle.
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/
Pinus/CultivodoPinus/07_3_pragas_de_pinus_pulgao.htm

Pinus. Pragas. CIFlorestas. Acesso em 22.10.2009:
O website CIFLORESTAS, além de disponibilizar informação sobre o manejo da cultura do Pinus, também possui breve descrição dos principais problemas do gênero. Dentre esses, não poderia faltar a menção dos problemas gerados pelos pulgões. Há também dados sobre a diferenciação morfológica e formas de controle mais utilizadas.
http://www.ciflorestas.com.br/texto.php?p=pinus

Infestação e danos de Cinara atlantica relacionados com o estado nutricional e hídrico em mudas de Pinus taeda L. E. C. Queiroz; R. Dedecek; S. M. N. Lazzari, W. Reis Filho. Floresta 38(1):97-105. (2008)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/viewFile/11031/7488

Efeito da aplicação do silício em plantas de Pinus taeda L., sobre a biologia e morfologia de Cinara atlantica (Wilson) (Hemiptera: Aphididae). Á. B. C. Faria; N. J. Sousa. Ciência e Agrotecnologia 32 (6): 1767-1774. (2008)
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-70542008000600014

Cinara atlantica (Wilson) (Hemiptera, Aphididae): um estudo de biologia e associações. S. R. C. Penteado. Tese de Doutorado. UFPR. 250 pp.(2007)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/
12365/1/Tese%20doutorado%20Susete.pdf


Distribuição espacial e plano de amostragem seqüencial para o monitoramento do pulgão-gigante-do-Pinus, Cinara atlantica (Wilson, 1919) (Hemiptera: Aphididae: Lachninae), e do seu parasitoide Xenostigmus bifasciatus (Ashmead, 1891) (Hymenoptera: Braconidae: Aphidiinae) em plantios de Pinus taeda L. (Pinaceae). R. D. Ribeiro. Dissertação de Mestrado UFPR.151 pp. (2007)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/
8835/1/Dissertação%20Rodrigo%20Ribeiro.pdf

Avaliação da infestação de Cinara atlantica (Wilson) (Hemiptera: Aphididae) em mudas de Pinus taeda l. (Pinaceae) em função da época de plantio. E. C. Queiroz. Dissertação de Mestrado. UFPR. 67 pp. (2005)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/2476/1/Dissertacao_Elisiane.pdf

Estratégias no manejo de resistência a inseticidas para o pulgão-gigante-do-Pinus (Cinara pinivora Wilson e Cinara atlantica Wilson; Hemiptera: Aphididae). A. B. C. Faria; N. J. Sousa. A. B. C. Faria; N. J. Sousa. Floresta 35(1):153-167. (2005)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/view/2438/2040

Danos qualitativos e quantitativos de Cinara atlantica (Wilson) (Hemiptera, Aphididae) em mudas de Pinus taeda Linnaeus (Pinaceae). S. R. M. Zaleski; S. M. N. Lazzari; S. R. C. Penteado. Revista Brasileira de Zoologia 22 (3):591-595. (2005)
http://www.scielo.br/pdf/rbzool/v22n3/26174.pdf

Pulgão-gigante-do-Pinus. W. Reis Filho; E. T. Iede; S. R. C. Penteado. Folheto EPAGRI / Embrapa Florestas. 06 pp.(2005)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/folders/Pulgao_2005.pdf

Monitoramento do pulgão-do-Pinus e seu controle com aplicação de imidacloprid. A. B. C. Faria. Dissertação de Mestrado. UFPR. 71 pp. (2004)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/520/2/Alvaro%20Faria.pdf

Controle biológico de pulgão-gigante-do-Pinus, Cinara atlantica (Hemiptera: Aphididae), pelo parasitóide, Xenostigmus bifasciatus. (Hymenoptera: Braconidae). W. Reis Filho; S. R. C. Penteado; E. T. Iede. Comunicado Técnico Embrapa Florestas nº 122. 03 pp. (2004)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/comuntec/edicoes/com_tec122.pdf

Patogenicidade de Verticillium lecanii ao pulgão-do-Pinus. E. S. Loureiro; N. C. Oliveira; C. F. Wilcken; A. Batista Filho. Revista Árvore 28(5): 765-770. (2004)
http://www.scielo.br/pdf/rarv/v28n5/23416.pdf

Primeiro relato de epizootia de Lecanicillium (= Verticillium lecanii) (Zimm.) Viègas (Classe-forma: Hyphomycetes) ao pulgão-do-Pinus Cinara atlantica (Hemiptera: Aphididae) no estado de São Paulo. E. S. Loureiro; N. C. Oliveira; C. F. Wilcken; A. Batista Filho; L. G. A. Pessoa. Arquivos do Instituto Biológico 71(4):515-516. (2004)
http://www.biologico.sp.gov.br/docs/arq/V71_4/loureiro.PDF

O avanço do pulgão de Pinus no Brasil. C. F. Wilcken; N. C. Oliveira. Boletim ARESB. (2003)
http://www.aresb.com.br/informativoaresb/jornal/boletins/boletim_julago_2003_1.htm

Os pulgões-gigantes dos Pinus, Cinara pinivora e Cinara atlantica, no Brasil. S. R. C. Penteado; W. Reis Filho; E. T. Iede. Circular Técnica nº 87. Embrapa Florestas. 10 pp. (2004)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/circtec/edicoes/circ-tec87.pdf

Pinus-Links

A seguir, trazemos a vocês nossa indicação para visitarem diversos websites que mostram direta relação com os Pinus, nos aspectos econômico, técnicos, científicos, ambiental, social e educacional. Nessa edição estamos dando destaque aos websites de mais algumas empresas brasileiras produtoras de papéis, papelão ondulado e seus artefatos. Em números posteriores de nossa PinusLetter, faremos Pinus-Links com outras empresas ibero-americanas que também produzem papelão ondulado, ou mesmo outras empresas que só possuem onduladeiras ou ainda que compram as chapas ou bobinas e as cortam e montam em caixas. No Brasil, cerca de 15% de toda a produção de papelão ondulado é comercializada para fabricantes de caixas e páletes (convertedores). Existem portanto muitas empresas com excelentes websites apresentando o papelão ondulado. Esperamos que apreciem essas seleções que estaremos apresentando para vocês.

Cataguases. (Brasil)
Tradicional empresa mineira, que no início de suas atividades foi fundada pela família Matarazzo, até mudar tanto de proprietários como de razão social. Originalmente produzia sua própria celulose kraft alcalina, passando mais tarde a ser uma empresa baseada em 100% de reciclagem do papel. Fabrica papéis capa e miolo, utilizados para manufatura de chapas e caixas de embalagens de papelão ondulado.
http://www.cataguazesdepapel.com.br/ (Webpage geral)
http://www.cataguazesdepapel.com.br/produtos.php (Produtos)
http://www.cataguazesdepapel.com.br/curiosidades.php (Curiosidades sobre o papel)

Clariza. (Brasil)
Criada em 1878, a Clariza é uma empresa paulista especializada na produção do papelão ondulado e suas respectivas embalagens. Também fabrica acessórios de embalagens como colméias, cintas, separadores e também se encontra no ramos de alimentos pela produção da embalagem do tipo "delivery". Observem alguns de seus produtos no website, onde também aborda assuntos como qualidade e meio ambiente.
http://www.clariza.com.br/index.html (Home)
http://www.clariza.com.br/embalagens-em-papelao.html (Embalagens em papelão)
http://www.clariza.com.br/embalagens-especiais.html (Embalagens especiais)
http://www.clariza.com.br/servicos.html (Serviços)


Gloripel.
(Brasil)
A Gloripel é uma empresa brasileira fabricante de papelão ondulado e localizada no estado de Minas Gerais. Alguns de seus principais produtos são papelão ondulado em chapas, bobinas e caixas, impressas ou não. A empresa fabrica chapas recicladas em diversos formatos e gramaturas e com ondas B, C ou BC. Já as caixas são dimensionadas de acordo com as necessidades do cliente e podem ser impressas em cores. Confiram o site, seus produtos e serviços.
http://www.gloripel.com.br/ (Home page)
http://www.gloripel.com.br/produtos/index.htm (Produtos)

Inova Embalagens. (Brasil)
Empresa que se dedica à confecção de artefatos de papelão ondulado, tais como caixas, containers, páletes, etc., bem como projetos especiais de embalagens celulósicas sob demanda.
http://www.inovaembalagens.com.br/ ( Website geral)
http://www.inovaembalagens.com.br/link.php?id=9 (Produtos)

Ipapéis. Irmãos Siqueira.
(Brasil)
Fabricante de papéis reciclados para confecção de embalagens. Fabricam papéis e cartões e diversos tipos de papelão ondulado em bobinas e chapas.
http://www.ipapeis.com.br/produtos.htm (Produtos)
http://www.ipapeis.com.br/reciclagem.htm (Reciclagem do papel)


M&M Embalagens. (Brasil)
Empresa ainda jovem, fundada em 2005, tem seu parque fabril na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Sua especialidade é a fabricação de embalagens personalizadas de papelão ondulado. Para se entender melhor sobre as tecnologias envolvidas nesse tipo de industrialização, visitem as seções de fotos e vídeos disponibilizados no website.
http://www.mmembalagens.ind.br/produtos.html (Fotos do parque industrial e produtos)
http://www.mmembalagens.ind.br/linha.html (Vídeos da linha de produção)


Minaskraft. (Brasil)
Empresa localizada no pólo moveleiro de Ubá, em Minas Gerais, tem a missão de atender a demanda fortemente local para caixas de papelão ondulado de diversos formatos e especificações.
http://www.minaskraft.com.br/home.asp (Home page)
http://www.minaskraft.com.br/produtos.asp (Produtos)

Novacki. (Brasil)
A Novacki possui fábricas em Monte Mor (São Paulo) e em Porto União (Santa Catarina). Sua especialidade é a produção de papel kraftliner de qualidade para produção de caixas de embalagens.
http://www.novacki.com.br/index.html (Webpage geral)

Papel Arte Caixas.
(Brasil)
Empresa sediada em Brasília e que produz artefatos de papelão ondulado e de papel. A empresa se orgulha de sua auto-suficiência e de sua preocupação com o meio ambiente por reciclar todas suas sobras. Apresenta vários modelos e tipos de caixas, além de outros tipos de produtos como caixas de cartão e sacolas. Observem essas a seguir.
http://www.papelartcaixas.com.br/empresa.html (Empresa)
http://www.papelartcaixas.com.br/caixas_papelao.html (Caixas de papelão ondulado)
http://www.papelartcaixas.com.br/caixas_duplex.html (Caixas de cartão e sacolas)


Paraibuna Embalagens. (Brasil)
A Paraibuna está entre os dez maiores fabricantes de embalagens de papelão do Brasil e entre os 3 maiores na fabricação de polpa moldada. Seus principais clientes fazem parte do setor alimentício, moveleiro e eletroeletrônico. Empresa localizada na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, e que tem-se destacado há mais de 4 décadas em diversos segmentos de embalagens celulósicas.
http://www.paraibuna.com.br/paraibuna.htm (Sobre a empresa)
http://www.paraibuna.com.br/ondulados.htm (Ondulados)
http://www.paraibuna.com.br/bobinas.htm (Papéis para fabricação de ondulados)
http://www.paraibuna.com.br/polpa.htm (Polpa moldada)


Polpa de Madeiras
. (Brasil)
Empresa catarinense fundada em 1958 estrategicamente localizada na região central do estado. No início de suas atividades produzia pasta mecânica, passando a fabricar papelão a seguir e em 1985 começou a diversificar suas atividades através da produção de papel maculatura e papel cartão duplex. Em 2007, instalou-se em Lages, SC, com uma fábrica de papelão ondulado para embalagens. Observem as imagens de alguns de seus produtos disponíveis no website. A empresa produz diversos tipos de caixas de papelão ondulado reciclado de ondas simples e duplas de acordo com as necessidades dos clientes.
http://www.polpademadeiras.com.br/index.php (Home)
http://www.polpademadeiras.com.br/produtos.php (Caixas de papelão, papel maculatura, etc.)
http://www.polpademadeiras.com.br/fotos2.php (Galeria de fotos, mostrando inclusive fotos dos reflorestamentos com Pinus)


São Roberto. (Brasil)
Empresa produtora de papel capa e miolo reciclados, chapas, bobinas e chapas de papelão ondulado. Tem unidades fabris em São Paulo e no município de Santa Luzia, nas proximidades de Belo Horizonte, Minas Gerais. Foi fundada em 1947 pela família Jeha, tendo mostrado contínuo crescimento e aperfeiçoamento tecnológico.
http://www.saoroberto.com.br/index.htm (Home page)

Star Pack
. (Brasil)
Empresa especializada em embalagens e artefatos de papel, iniciou suas atividades no estado de São Paulo no ano de 2001, através de representação comercial e de produção de embalagens de cartão duplex e de micro-ondulado por terceiros. Entretanto, a exigência dos clientes e do mercado fez com que a empresa implantasse a sua própria unidade fabril em 2004. Na mesma época reuniu profissionais especializados em embalagens de papel para aperfeiçoamento no design dos seus produtos. Observem a seção de serviços e a de produtos do website da Star Pack abaixo, conhecendo um pouco mais sobre como o papelão é fabricado.
http://www.starpack.com.br/index.php (Home)
http://www.starpack.com.br/servicos.php (Como o papelão ondulado é fabricado)
http://www.starpack.com.br/produtos.php (Produtos)

Ultra Embalagens. (Brasil)
Empresa paulista fundada em 1987 para produção de caixas de ondulados para embalagens. O website apresenta interessantes informações e orientações sobre a classificação e tipos de caixas, bem como sobre o controle da qualidade e sobre as formas mais eficientes e seguras para o empilhamento de caixas de papelão.
http://www.ultraembalagens.com.br/index.php?p=empre (Acerca da empresa)
http://www.ultraembalagens.com.br/index.php?p=ori (Dicas e orientações)

Entomopatógenos no Controle de Formigas Cortadeiras, Importantes Pragas dos Pinus

As formigas cortadeiras dos gêneros Atta e Acromyrmex são consideradas pragas de alta relevância para grande parte dos cultivos florestais, inclusive para os Pinus. O corte das folhas pelas formigas pode causar sérios danos, principalmente às mudas, podendo inclusive levá-las à morte, caso medidas de controle não sejam apropriadamente tomadas.

Atualmente, a principal forma de combate às formigas em áreas de Pinus é através das iscas tóxicas. Porém, o comprovado problema que podem causar no meio ambiente tem feito com que novas formas de controle ambientalmente mais corretas sejam estudadas e cada vez mais empregadas pelos silvicultores. Uma dessas alternativas ao controle químico é a utilização de fungos entomopatogênicos, também chamados de micoinseticidas. De acordo com Embrapa (2007), os micopesticidas são produtos que têm como principal ingrediente ativo propágulos vivos de fungos, os quais são utilizados para controle de insetos pragas através de aplicações inundativas ou inoculativas. Beauveria e Metarhizium são gêneros de fungos bastante estudados como biocontroladores de insetos. Ambos são existentes em solos de praticamente todo o mundo já possuindo eficiência garantida, sendo inclusive comercializados no mercado para o combate à algumas pragas. Além de fungos, outros organismos podem atuar como patógenos de formigas, como nematóides e protozoários, que podem exercer controle de insetos através de suas atividades parasitas (Embrapa, 2007).

Outra vantagem do controle biológico frente ao químico é o preço. Muitas vezes, os biocontroladores permanecem no meio onde foram introduzidos, não sendo necessárias novas aplicações, como ocorre com a utilização de produtos químicos. Isso diminuiria ainda os custos de mão-de-obra para reaplicações.

O controle de insetos sociais como formigas cortadeiras com entomopatógenos vem-se mostrando um pouco mais complicado, especialmente porque muitas colônias possuem sofisticado comportamento de higienização, eliminando propágulos do fungo assim como os indivíduos contaminados. Outros pesquisadores também constataram que as formigas cortadeiras de baixas castas evolutivas, como as operárias, estão mais sujeitas a serem contaminadas por organismos patogênicos, principalmente porque estão mais expostas ao mesmos. Entretanto, o ideal seria a menor resistência das castas reprodutivas (rainha), o que dificilmente acontece. Isso acaba se tornando uma das principais desvantagens do controle biológico de formigas cortadeiras com esses biocontroladores. Apesar disso, muitos entomopatógenos já estão sendo bastante estudados no Brasil e no mundo, assim como se buscam conhecer as estratégias de defesa de espécies de formigas cortadeiras contra os mesmos. Dessa forma, pesquisas já apontam potencialidades para esses agentes biocontroladores no caso de algumas formigas.

Pegado et al. (2008) avaliaram a patogenicidade de isolados de Metarhizium anisopliae em quatro diferentes concentrações em soldados de Atta laevigata através dos tempos letais. Os autores constataram que quanto maior a concentração de entomopatógenos menor é o tempo letal das formigas. O isolado IBCB 425 foi o que se apresentou mais virulento contra a praga, havendo diferenças significativas com as concentrações dos outros isolados testados. A concentração mais eficiente foi a de 1 X 109 conídios/ml para IBCB 425, onde o tempo letal foi de 1,8 dias. A mortalidade acumulada do mesmo isolado variou de acordo com o acréscimo de sua concentração, sendo de 78% para a mais elevada e de 48% para o menos concentrado.

Loudeiro e Monteiro (2005) avaliaram a patogenicidade de três isolados de fungos à formiga cortadeira Atta sexden sexdens. Os fungos analisados foram: Beauveria bassiana (isolados AM 9 e JAB 06), Metarhizium anisopliae (isolado E 9 e AL) e Paecilomyces farinosus (isolados CG 189 e CG 195). As três espécies de fungos foram eficientes no controle das formigas em laboratório, sendo todas as taxas de mortalidade superiores a 80% nos quatro primeiros dias da inoculação. Os isolados mais promissores ao controle desta espécie de formiga foram JAB 06 e AL.

Rodrigues (2004) isolou espécies de fungos contaminantes existentes em 12 ninhos de formigas recém coletados a campo e mantidos sem operárias. As espécies de fungos contaminantes mais comuns foram: Moniliella suaveolens (50%), Trichoderma (50%) e Acremonium kiliense (42%). Em ninhos de formigas mantidos em laboratório, os fungos contaminantes encontrados foram: Syncephalastrum racemosum (54 e 79%) e Escovopsis weberi (21 e 15%). Os resultados indicam que estes fungos são oportunistas e quando encontram ninhos enfraquecidos e em desordem podem-se prevalecer, tornando-se ameaças à sobrevivência da colônia. Assim, mais estudos poderiam ser realizados com estes fungos, buscando o controle das formigas cortadeiras de forma direta (entomopatógenos) ou indireta (controlando o fungo simbionte que serve de alimento às formigas, em especial às larvas).

Hughes et al. (2004) avaliaram a existência de fungos entomopatogênicos associados a colônias de formigas cortadeiras em uma pequena área de floresta tropical do Panamá. Uma grande quantidade do fungo Metarhizium anisopliae var. anisopliae foi encontrada perto das colônias, e Beauveria bassiana também foi observado no solo. O fungo Aspergillus flavus foi detectado em lixeiras e materiais descartados das colônias. Porém, apenas seis formigas avaliadas do gênero Camponotus estavam contaminadas com o fungo Cordyceps sp. Os resultados indicam que apesar das formigas terem intenso contato com os entomopatógenos, poucas foram infectadas ou mortas.

Dihel e Junqueira (2001), estudaram a produção de substâncias pelas glândulas metapleurais das formigas e que poderiam estar ligadas com a assepsia de colônias de Atta sexdens piriventris Santschi em diferentes castas tratadas com Beauveria bassiana. Todas as castas testadas foram contaminadas pelo entomopatógeno durante o ano do bioensaio, indicando que secreção metapleural não é um dos principais mecanismos de defesa contra o fungo.

Jaccoud et al. (1999) investigaram os efeitos de Metarhizium anisopliae aplicados em diferentes concentrações sobre arenas forrageiras de colônias de Atta sexdens. As formigas cortadeiras foram capazes de remover os esporos dos fungos da área, principalmente dos tratamentos de menores concentrações dos entomopatógenos. Porém, todas as colônias testadas apresentaram aumento de mortalidade durante os dez primeiros dias de tratamento, principalmente entre as operárias que entraram mais em contato com o agente de biocontrole para a sua remoção.

Diehl-Fleig e Silva (1994) aplicaram Beauveria bassiana em colônias de Acromyrmex sp. em cultivo misto e em áreas com Eucalyptus saligna, avaliando-se a eficiência do biocontrole da praga. Os autores relataram que em dois meses de observação, houve a mortalidade de 87 % e 83 % para os respectivos tratamentos.

Apesar das grandes vantagens ambientais que o uso de entomopatógenos possui, sua utilização como biocontroladores de formigas cortadeiras ainda não é conclusivo. Mais estudos são requeridos para se determinar as melhores espécies patogênicas às formigas, suas interações e condições mais adequadas de aplicação.

Ainda existem poucos trabalhos sobre os efeitos de agentes entomopatogênicos de formigas cortadeiras em áreas plantadas com Pinus. Assim, novas pesquisas deveriam ser incentivadas buscando respostas mais conclusivas para o controle da praga a campo para as diversas culturas agrícolas e florestais. Observem alguns estudos que abordam o assunto a seguir, bem como algumas publicações técnicas que descrevem as principais características dos fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae.

Beauveria bassiana. Wikipédia. Acesso em 26.10.2009:
A enciclopédia virtual Wikipédia possui informações básicas sobre B. bassiana. A origem do nome científico do fungo, sua classificação taxonômica, aspectos biológicos, mecanismo de ação sobre os insetos e as principais pragas com comprovado controle são algumas das informações disponíveis.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Beauveria_bassiana (Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Beauveria_bassiana (Inglês)

Metarhizium anisopliae. Wikipédia. Acesso em 26.10.2009:
Confiram algumas importantes informações disponíveis no website da Wikipédia sobre Metarhizium anisopliae tais como: características morfológicas, aspectos biológicos, taxonomia, principais insetos que controla, mecanismo de ação, entre outros.
http://en.wikipedia.org/wiki/Metarhizium_anisopliae (Inglês)

Efeito do fungo Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin nas formigas cortadeiras. L. L. S. Pegado; E. S. Loureiro; A. F. Freitas; L. G. A. Pessoa. Fórum Ambiental da Alta Paulista 6. 07 pp.(2008)
http://www.amigosdanatureza.org.br/noticias/396/trabalhos/573.R-EPR-04.pdf

O futuro dos produtos naturais no controle de formigas. J. B. Fernandes; M. F. G. F. da Silva; P. C. Vieira; A. G. Correa; M. Bacci Junior; F. C. Pagnocca; O. C. Bueno. Biológico 69 (2): 221-224. (2007)
http://www.biologico.sp.gov.br/docs/bio/suplementos/v69_supl_2/p221-224.pdf

Micoinseticidas e micoacaricidas no Brasil: Como estamos? Documentos Embrapa 240. 25 pp. (2007)
http://www.cenargen.embrapa.br/publica/trabalhos/doc240.pdf

Utilização de entomopatógenos para o controle de formigas. M.F.M. Zarzuela. Biológico 69 (2): 157-160. (2007)
http://www.biologico.sp.gov.br/docs/bio/suplementos/v69_supl_2/p157-160.pdf

Patogenicidade de isolados de três fungos entomopatogênicos a soldados de Atta sexdens sexdens (Linnaeus, 1758) (Hymenoptera : Formicidae). E. S. Loureiro; A. C. Monteiro. Revista Árvore 29(4): 553-561. (2005)
http://www.scielo.br/pdf/rarv/v29n4/a07v29n4.pdf

Seleção de isolados de Beauveria bassiana, Metarhizium anisopliae e Paecilomyces farinosus, patogênicos para operárias de Atta sexdens sexdens (Linnaeus, 1758) (Hymenoptera: Formicidae). E. S. Loureiro; A.C. Monteiro. Arquivos do Instituto Biológico 71(1): 35-40. (2004)
http://www.biologico.sp.gov.br/docs/arq/V71_1/loureiro.pdf

Ocorrência de fungos filamentosos em ninhos de Atta sexdens rubropilosa Forel 1908 (Hymenoptera: Formicidae) submetidos a tratamentos com iscas tóxicas. A. Rodrigues. Dissertação de Mestrado. UNESP - Universidade Estadual Paulista. 90 pp. (2004)
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/brc/
33004137041P2/2004/rodrigues_a_me_rcla_prot.pdf

RESUMO: Diversity of entomopathogenic fungi near leaf-cutting ant nests in a neotropical forest, with particular reference to Metarhizium anisopliae var. anisopliae. W. O. H. Hughes; L. Thomsen; J. Eilemberg et al. Journal of Invertebrate Pathology 85: 46–53. (2004)
http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=15580314

Variações sazonais da secreção metapleural da formiga cortadeira Atta sexdens piriventris Santschi (Myrmicinae: Attini), e ausência de efeito fungicida sobre o entomopatógeno Beauveria bassiana (Bals.) Vuillemin. E. Diehl; L. K. Junqueira. Neotropical Entomology 30(4): 517-522. (2001).
http://www.scielo.br/pdf/ne/v30n4/a02v30n4.pdf

RESUMO: The epizootiology of a Metarhizium infection in mini-nests of the leaf-cutting ant Atta sexdens rubropilosa. D. B. Jaccoud; W. O. H. Hughes; C. W. Jackson. Entomologia Experimentalis et Applicata 93 (1/4):51-61. (1999)
http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=1211414

Perspectivas no controle de formigas cortadeiras. M. A. C. Boaretto; L.C. Forti. Série Técnica IPEF 11 (30): 31-46. (1997)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr30/cap3.pdf

Controle biológico de formigas cortadeiras. C. F. Wilcken; E. Berti Filho. Anais do III Curso de Atualização no Controle de Formigas Cortadeiras. PCMIP/IPEF: 1-5. (1994)
http://www.ipef.br/publicacoes/curso_formigas_cortadeiras/cap01.pdf

Beauveria bassiana para controle das formigas cortadeiras do gênero Acromyrmex. E. Diehl-Fleig; M.E. da Silva. Anais do III Curso de Atualização no Controle de Formigas Cortadeiras. PCMIP/IPEF: 6-7. (1994)
http://www.ipef.br/publicacoes/curso_formigas_cortadeiras/cap02.pdf

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel

Propriedades Mecânicas da Madeira do Pinus

Introdução

A madeira é o principal produto das árvores das florestas plantadas. Devemos nos lembrar que árvores são seres vivos que possuem uma carga genética e que são influenciados pelo ambiente que encontram para o seu desenvolvimento (Palermo et al., 2003). A combinação de genética e ambiente influencia diretamente as características químicas e anatômicas da madeira, o que vai afetar suas principais propriedades mecânicas e usos. O manejo florestal, por interferir de forma controlada no ambiente, tem influência sobre a qualidade e propriedades da madeira. Portanto, as características e usos da madeira dependem dos arranjos e composição de seus elementos anatômicos, os quais conferem à madeira a capacidade de responder a forças e movimentos (Szücs et al., 2005; USP, s/d).

A madeira é um produto sólido, natural e renovável, retirado em geral do tronco das árvores. Além disso, é considerada um material elástico, de pouco peso, fácil de trabalhar e anisotrópico (Palermo et al., 2003; Oliveira, s/d; Moreschi, s/d), isto é, corpo basicamente homogêneo e que apresenta capacidade física e química de variar suas propriedades em função da direção considerada: longitudinal, transversal ou radial. (Klock, 2000; Oliveira; s/d; FAU, s/d).

A principal vantagem do conhecimento das propriedades da madeira é o seu melhor uso, que passa a ser mais racional, gerando menos desperdícios e aumentando a vida útil das peças pela utilização mais adequada (Sales et al., 2003; Oliveira, s/d).

Existem vários fatores de âmbito externo e interno que influenciam as características mecânicas da madeira de espécies semelhantes ou distintas: a umidade, ou melhor, aspectos de sua secagem; defeitos, como presença de nós, resinas, empenamentos, entre outros; fatores ligados às qualidades físicas da madeira como sua densidade, número e largura dos anéis de crescimento, teor de lenho tardio; e locais e forma de corte das peças do tronco. Logo, a determinação adequada e representativa das características mecânicas da madeira é fundamental para se estimar seu desempenho e resistência a forças externas sobre ela aplicadas.


Atualmente existem normas de classificação da madeira para uso em estruturas, como a NBR 7190/1997, que estipula alguns ensaios os quais devem ser realizados para melhor conhecimento de cada madeira (Klock, 2000; USP, s/d).

Esse nosso texto técnico tem como objetivo levar ao leitor quais as principais formas de ensaio que são hoje realizadas no Brasil a fim da classificação mecânica da madeira do Pinus. Através dele, os leitores terão acesso a algumas literaturas relevantes para se aperfeiçoarem no tema, caso assim desejarem. Segundo Klock (2000) não são muitos os estudos científicos que comparam as propriedades de diferentes tipos de madeiras provenientes de espécies de reflorestamentos. Apesar disso, o autor relata que existem alguns resultados sobre pesquisas, caracterizando a resistência mecânica das madeiras dos Pinus.



Resistências da madeira

A resistência pode ser definida como a capacidade da madeira em suportar tensões aplicadas sobre ela (USP, s/d). Os ensaios de resistência geralmente utilizam corpos de prova da madeira sem defeitos, onde são submetidas tensões até que essas peças apresentem deformações excessivas ou ruptura, possibilitando a classificação em faixas de resistências.

Segundo Zenid et al. (2009) a caracterização mecânica da madeira pode ocorrer por dois tipos de enfoques acerca de resistências:

Resistências mecânicas propriamente ditas: são aplicadas forças e tensões sobre a peça da madeira e avaliadas as capacidades da mesma de suportá-las até se romper. De acordo com Klock (2000), para se conhecer a resistência mecânica das madeiras há a necessidade de seguir normas técnicas que enfatizam como os ensaios devem ser realizados. Além da NBR 7190 (Projetos estruturais da madeira), ainda há laboratórios no Brasil que realizam testes mecânicos segundo a COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e a ASTM (American Society for Testing and Materials).
Deformações: avaliam quanto a madeira pode ser comprimida e interpretam-se as deformações ocorridas. Existe a deformação elástica, que é a capacidade da mudança da forma instantânea, e a reológica, que depende do tempo em que se aplica a força.


Ensaios sobre propriedades mecânicas

Os testes mais utilizados para caracterização mecânica da madeira são: compressão normal/paralela às fibras; cisalhamento; fendilhamento; flexão; dureza; tração normal/paralela às fibras; e tenacidade. (Zenid et al., 2009; Klock, 2000). Segundo os mesmos autores, seguem algumas das características desses testes:

Elasticidade e Modulo de Elasticidade da Madeira (MOE): é a capacidade que o material, submetido a cargas baixas e crescentes, possui em voltar ao seu estado normal (inicial), após cessar a tensão. No momento em que um esforço é submetido e a madeira não mais possuir a capacidade de retornar ao seu estado inicial de repouso atinge-se o que se denomina “Limite de elasticidade proporcional”, permanecendo deformado. A madeira armazena energia durante trabalho mecânico (força a que é submetida). Após esse trabalho, há a liberação da energia (devolução total ou parcial), fazendo com que a peça retorne ao seu estado inicial. Isso se chama elasticidade, que é regida pela lei de Hooke, que afirma que o alongamento (elongação) é proporcional à força que se submete à matéria, sem, no entanto, ultrapassar seus limites máximos tolerados. Para melhor caracterizar as madeiras, foi criado o teste do módulo de elasticidade (MOE). Quanto maior o módulo calculado, maior é a sua resistência, indicando potencialidade para a utilização da madeira na construção civil, estruturas de madeira, postes, dormentes, etc.

Resistência a flexão estática: um corpo de prova com medidas especificadas e regidas segundo normalização, apoiado sobre dois repousos é submetido à força máxima (P) até sua ruptura. Tal ensaio permite ainda determinar o módulo de elasticidade da madeira ao submetê-la a três tipos de tensões: tração, compressão e cisalhamento, em menor escala.

Resistência paralela às fibras: utiliza-se corpo de prova sem defeitos e com medidas especificadas, o qual é submetido a uma força no sentido axial da peça (sentido paralelo ao das fibras). Esse teste é bastante utilizado para madeiras que serão utilizadas em telhados e pilares. A determinação da resistência máxima é dada por cálculos da resistência e módulos, havendo também gráficos e tabelas de deformação.

Resistência ao cisalhamento: teste muito utilizado em madeiras para vigas, roletes, calandras, polias e postes, e que consiste na separação das fibras devido a esforços paralelos ao sentido das mesmas. Assim, é calculada a resistência ao cisalhamento, que é influenciada no plano radial, pelos raios da madeira, e no plano tangencial, pela quantidade de lenho inicial e tardio (Klock, 2000).

Resistência à dureza: o teste da dureza é realizado medindo-se a resistência da madeira à penetração de um dispositivo sob impacto. Existem vários ensaios que determinam a dureza de um corpo como:
- Dureza Brinell: penetração de uma esfera de 10 mm no corpo de prova.
- Dureza de Chalais-Mendon: medida como a resistência à penetração de um cilindro de 3 cm de diâmetro.
- Dureza de Janka: onde é medida a força à penetração em todas as faces do corpo de prova com uma esfera metálica (de aço) de 1 cm de diâmetro até a profundidade correspondente ao raio da mesma.

Geralmente, conforme a normalização (COPANT 464/1972), o corpo de prova para os testes acima possui dimensões de 5 x 5 x 20 cm e deve possuir umidade constante e em equilíbrio de 12 % (Klock, 2000; USP; s/d).


Ensaios não destrutivos

Para a classificação mecânica da madeira ainda existem ensaios que não necessitam de corpo de prova para verificar as suas propriedades. Esses testes são chamados de não destrutivos, pois são capazes de avaliar as características físicas e mecânicas da própria peça ou estrutura sem haver modificação de seus componentes. Logo, não alteram a capacidade de uso da madeira, não necessitando da retirada de corpos de prova para elaboração dos testes (Sales et al., 2003).

Os ensaios não destrutivos são considerados mais rápidos, avaliando a peça por inteiro e sendo mais adequados para indústrias que possuem grandes linhas de produção (Sales et al., 2003). Segundo os mesmos autores, alguns desses testes são:

Vibração transversal: onde é estimada a freqüência da ressonância do material.

Rigidez por flexão: vale-se de máquina que mede o módulo de elasticidade de peças a cada 15 cm por aplicar flexão perpendicular ao eixo de menor inércia exercida por uma série de rolos.

Ultra-som: teste em que se avalia a velocidade de propagação do ultra-som na madeira. Há dois transdutores acelerômetros que são utilizados para medir indiretamente as propriedades mecânicas da peça. Um deles emite a onda ultra-sônica que propaga-se até ser captada pelo segundo, que registra o tempo necessário para esse deslocamento.

Ondas de tensão: avaliam indiretamente as propriedades mecânicas de uma peça através da velocidade de ondas de tensão.


Fatores que influenciam as propriedades mecânicas

Existem vários fatores ligados à qualidade da madeira que influenciam na capacidade de rigidez e de resistência às forças e tensões a que podem ser submetidas as peças. O conhecimento desses fatores pode ajudar na escolha da madeira para a sua devida finalidade.

Seguem definições objetivas de alguns desses fatores.


Porcentagem de lenho tardio e lenho inicial: O lenho inicial é formado por células de paredes finas, de grande diâmetro e comprimentos inferiores às presentes no lenho tardio, conferindo ao primeiro menor resistência e densidade básica do que o segundo. Geralmente, árvores mais jovens possuem maiores quantidades de lenho inicial, o que as torna menos indicadas para a construção civil, dentre outras funções que exigem da madeira suporte de maiores resistências a forças (Palermo et al., 2003; Haselein et al.,2000; Klock, 2000; UNESP, s/d). As madeiras muito ricas em lenho inicial são também denominadas de madeira juvenil, pois são formadas em anos iniciais do desenvolvimento da árvore.

Posição da madeira no tronco: os componentes anatômicos da madeira se diferenciam de acordo com suas posições no tronco, variando assim sua densidade básica (massa específica), que pode influenciar as propriedades mecânicas da madeira e por conseqüência a sua qualidade (Haselein et al.,2000). É sabido que essas modificações se dão principalmente em relação à altura do tronco e à distância a partir da medula. Isso faz com que quanto mais próximo ao meio do tronco, maior a quantidade de madeira juvenil, considerada menos resistente, não apresentando cerne e com alta proporção de lenho inicial. Já quando a madeira for retirada nas proximidades da casca, há maiores proporções de lenho tardio (Klock, 2000, UNESP, s/d).

Umidade: a umidade da madeira pode influenciar na densidade aparente como tal da madeira e também em outras de suas propriedades físicas e mecânicas. A madeira, quando sofre secagem adequada, pode ter resistência muito superior à madeira verde, aumentando assim a sua qualidade e durabilidade. Por ser um material higroscópico, a armazenagem inadequada pode depreciar suas propriedades mecânicas, acarretando inclusive a geração de defeitos na madeira posteriores à secagem (Klock, 2000; Gonzaga, s/d; UNESP, s/d; Moreschi, s/d). Gatto et al. (2004) avaliaram a qualidade da madeira serrada de Pinus na região da Quarta Colônia de Imigração Italiana do Rio Grande do Sul. Observaram que a principal forma de secagem é ao natural. Com teor de umidade elevado, 75% da madeira foi classificada como de primeira qualidade; porém, após secagem, essa porcentagem caiu para 45%, evidenciando falhas e inadequações no processo de secagem.

Manejo das áreas florestais: o manejo das áreas com florestas de rápido crescimento pode alterar as propriedades físicas e mecânicas da madeira. Assim, algumas das principais práticas culturais que devem ser realizadas nas áreas a fim de garantir madeira de boa qualidade são: escolha adequada das mudas, adubação, poda, desbastes, entre outras (Klock, 2000; UNESP, s/d).

Densidade da madeira: fisicamente é definida como a quantidade de massa existente em uma unidade de volume de madeira a uma determinada umidade. Logo, abrange o peso dos constituintes de madeira, que é função de sua porosidade, permeabilidade e higroscopicidade. A densidade da madeira também varia de acordo com a espécie, sua anatomia e fisiologia, e também se relaciona com a umidade (Klock, 2000; Moreschi, s/d; UNESP, s/d). Uma das formas mais precisas de avaliar e padronizar a densidade da madeira é através da medição de sua densidade básica. Essa tem como princípio estabelecer a relação entre o peso da madeira seca e o volume da mesma saturada de umidade (Klock, 2000, UNESP, s/d). Palermo e colaboradores (2003) estudaram a variação da densidade básica da madeira de Pinus elliottii com diferentes idades. Elas apresentaram diferenças significativas nos resultados encontrados, assim como houve variação de densidade nos sentidos longitudinal e radial do tronco. Além disso, a densidade aumentou da medula para casca e do topo para a base das árvores. Isso possibilitou melhor compreensão das características da madeira para seu emprego posterior.



Pesquisas sobre propriedades mecânicas da madeira

Sales et al. (2003) avaliaram a confiabilidade da técnica do ultra-som para determinar algumas características mecânicas da madeira de Pinus como módulo de elasticidade dinâmico, comparando com o ensaio de flexão estática (MOE). Os resultados com o ultra-som mostraram-se bastante confiáveis, garantindo o seu emprego para a finalidade.

Melchioretto e Eleotério (2003) avaliaram a densidade básica e aparente, além de características mecânicas como rigidez, resistência à flexão estática, dureza e resistência ao cisalhamento, de P. elliottii, P. taeda e P. patula. Os resultados evidenciaram semelhanças na qualidade da madeira das três espécies avaliadas, as quais apresentaram densidade média. O módulo de elasticidade foi superior para P. patula, quando comparado à P. elliottii; porém, esse apresentou dureza radial maior do que P. taeda.

Haselein et al. (2000) pesquisaram pranchas centrais e laterais (próximas à casca) de árvores de 30 anos de P. elliottii, objetivando avaliar diferenças de propriedades mecânicas com relação ao lenho inicial e tardio das peças. Realizaram-se testes de módulos de elasticidade e de ruptura. Os resultados mostraram haver diferenças significativas nas posições do tronco das árvores e nas relações com o número de anéis de crescimento por unidade de comprimento das peças.

Klock (2000) comparou a qualidade da madeira juvenil de P. maximinoi com a de P. taeda, avaliando diversos aspectos anatômicos, comprimentos de fibras, massa específica e algumas propriedades mecânicas como resistência à flexão estática, compressão paralela às fibras, cisalhamento e dureza. Alguns resultados apresentaram-se bastante semelhantes entre ambas as espécies, embora a madeira de P. maximinoi fosse mais homogênea. Os resultados sobre flexão estática foram similares entre os corpos de prova; porém, os outros testes envolvendo as características mecânicas mostraram-se inferiores para P. taeda, principalmente com relação à dureza (nos três sentidos) e resistência ao cisalhamento. Assim, o autor aponta que, para algumas utilidades específicas, a madeira juvenil de P. maximinoi mostra-se mais indicada para o uso do que a de P. taeda.

Santini et al. (2000) compararam as propriedades mecânicas de três tipos de madeiras de florestas plantadas (P. taeda. P. elliottii e Araucaria angustifolia). Apesar de ensaios como compressão paralela e perpendicular às fibras, cisalhamento, fendilhamento, dureza, flexão estática e tração perpendicular as fibras, terem sido realizados, encontraram-se diferenças significativas para as duas primeiras espécies apenas para o último dos testes citados em que houve superioridade da madeira de P. taeda. Quando comparadas as propriedades mecânicas da madeira de A. angustifolia com as de Pinus, observaram-se diferenças nos testes de flexão estática, compressão axial e dureza axial. A madeira de Araucaria se mostrou ligeiramente superior para quase todas as propriedades, mas em diversos dos casos, sem que fossem notadas diferenças estatisticamente significativas.

Iwakiri et al. (1999) avaliaram a influência da adição de lâminas de madeira em chapas estruturais de aglomerado de P. elliottii. Foram realizados quatro tratamentos. O primeiro, contendo 100% de partículas de Pinus; o segundo, chapa particulada com adição de uma lâmina de madeira; o terceiro, com 2 lâminas inclusas na chapa; e o quarto com 3 lâminas (2 na lateral e 1 na central). Os testes de avaliação do módulo de elasticidade e módulo de ruptura foram inferiores para as chapas que possuíam lâminas; porém, os ensaios no sentido perpendicular às fibras foram superiores, quando as chapas apresentaram duas e três lâminas, demonstrando melhores resistências mecânicas.



Considerações finais

O conhecimento de como as madeiras respondem às forças a elas submetidas se torna cada vez mais importante para se definirem as melhores utilizações e desempenhos das peças de madeira. Através desse conhecimento, pode-se melhor selecionar árvores, formas de manejo, idades, e principalmente, selecionar melhor as toras no momento de seu uso. A classificação mecânica da madeira proveniente de florestas plantadas, como é o caso do Pinus, promoveria seu uso mais adequado e conseqüentemente mais racional, com menos desperdícios e desclassificações de peças (Zenid et al.; 2009; Haselein et al. 2003).

Segundo Sales et al. (2003), o uso de madeira de florestas plantadas em estruturas como na construção civil (construção de moradias, pontes, estruturas) ainda está em crescimento no Brasil, da mesma forma que a classificação das peças a fim de descobrir suas características mecânicas. Dessa forma, apesar de existirem normas que regem sobre os testes e ensaios no país, existem vários tipos de testes que não podem ser comparados entre si, dificultando a compreensão dos mesmos (Klock, 2000).

Mais incentivos para a realização de estudos que abordem os aspectos mecânicos da madeira e novas tecnologias de ensaios (não destrutivos) em espécies de Pinus precisam ser desenvolvidos, assim como a divulgação dos resultados para o mercado, auxiliando na escolha correta para o uso sustentável da madeira de Pinus no Brasil. Sendo as madeiras de Pinus de comprovadamente baixas densidades, em geral ainda pouco manejadas para redução de seus defeitos, os cuidados para seleção de plantações, toras e de peças deveriam ser cada vez mais incentivados. Por isso mesmo, as pesquisas e os resultados de seus testes precisam ser mais acessíveis aos plantadores de florestas. Esses ainda carecem de maiores níveis de conhecimentos e de orientações para maximizar a qualidade da madeira que obterão das árvores que plantam. Estamos tendo evoluções no Brasil, mas ainda há enormes espaços para que nossas plantações, especialmente aquelas feitas por pequenos agricultores, possam render madeira de excelente qualidade e proporcionar mais ganhos a esses produtores de madeiras.


Referências bibliográficas e sugestões para leitura

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